Inversão tectônica de estruturas compressionais da porção Sul do Corredor do Paramirim, Bahia

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-12

RESUMO

O Corredor do Paramirim representa a zona de máxima inversão do Aulacógeno do Paramirim, no qual predominam zonas de cisalhamento reversas-reversas destrais e vários tipos de dobras. Essas estruturas refletem um campo de tensão segundo WSW-ENE, os quais se desenvolvem nas unidades de embasamento do Aulacógeno, assim como na Suíte Intrusiva Lagoa Real, de idade estateriana, nos supergrupos Espinhaço e São Francisco, de idades estateriana-toniana e criogeniana, respectivamente, bem como no grupo Macaúbas-Santo Onofre, de idade máxima toniana. Um rico acervo de estruturas extensionais truncam as estruturas compressionais do Corredor do Paramirim, sendo caracterizado por zonas de cisalhamento normais e foliação, por vezes milonítica, lineação de estiramento down dip, dobras de arrasto, fraturas de tração e estruturas S/C. Nessas zonas de cisalhamento, o quartzo ocorre truncado pela foliação, enquanto o feldspato apresenta-se fraturado e alterado para mica branca. A distribuição dos eixos-c de quartzo encontra-se no máximo a 14º do eixo Z. Portanto, isso sugere que a deformação ativa os planos basais . O estudo de paleotensão utilizando o programa Win-Tensor demonstrou que o regime variou entre a distensão radial e a pura. A direção de s1 oscilou ao redor da vertical, enquanto que s3 é sub-horizontal, com predominância da direção N230-050º. Idades Ar-Ar em biotita obtidas nas zonas de cisalhamento extensionais variou entre 480 e 490 Ma. Em conjunto, os dados obtidos para as estruturas associadas com o regime extensional tardio descrito neste trabalho sugerem que a sua nucleação está relacionada com os setores distais, rúptil-dúcteis, da zona de colapso gravitacional do Orógeno Araçuaí-Oeste Congo.

ASSUNTO(S)

zonas de cisalhamento corredor do paramirim colapso gravitacional

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