Estratigrafia, tectônica e geocronologia U-Pb (LA-ICP-MS) em zircão detrítico da faixa Rio Preto e porção norte do corredor do Paramirim, NE, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

RESUMO: Duas importantes sequências metassedimentares proterozoicas ocorrem ao longo da margem noroeste do Cráton do São Francisco e a porção setentrional do Corredor do Paramirim, os grupos Rio Preto e Santo Onofre, respectivamente. O Grupo Rio Preto, que constitui a faixa homônima situada no limite noroeste cratônico, é composto pelas formações Formosa (xisto granatífero, quartzo-mica xisto, quartzito, clorita-sericita xisto e quartzo xisto ferrífero) e Canabravinha (quartzito, quartzito micáceo, metaritmito, filito, xisto e metaturbidito). O Grupo Santo Onofre ocorre exclusivamente na região do Corredor do Paramirim, e é composto por quartzitos e subordinadamente filitos sericíticos, carbonosos ou manganesíferos. As duas unidades estratigráficas registram a sedimentação associada a um ambiente marinho raso a profundo, e são interpretadas como bacias rift invertidas e metamorfisadas na fácies xisto verde durante a orogênese brasiliana. Neste artigo apresentamos 427 idades U-Pb em zircões detríticos para essas unidades. Os novos dados apresentaram idades máximas de deposição de 912 Ma para Formação Canabravinha, 965 Ma para a Formação Formosa e 971 Ma para o Grupo Santo Onofre. Portanto, é sugerida a existência de duas bacias rift neoproterozoicas formadas pelos Grupos Rio Preto e Santo Onofre. O Grupo Santo Onofre, predominantemente psamítico, representaria um ambiente marinho raso plataformal relativamente estável. O Grupo Rio Preto, com diamictito, quartzito, pelito e ritmito, representaria um ambiente marinho raso a profundo associado a fluxos gravitacionais. Ambos os grupos teriam sido depositados no Toniano tardio, e são possivelmente correlacionados com as unidades inferiores (pré-glaciais) do Grupo Macaúbas, localizado na Faixa Araçuaí.

ASSUNTO(S)

geocronologia u-pb em zircão detrítico orogênese brasiliana proveniência sedimentar faixa rio preto corredor do paramirim

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