Intoxicação por êxtase: bases toxicológicas para o tratamento
AUTOR(ES)
Ferigolo, Maristela, Machado, Adriana G. da S., Oliveira, Niara B., Barros, Helena M. T.
FONTE
Revista do Hospital das Clínicas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
Os jovens estão cada vez mais usando o 3,4-metilenodioximetanfetamina, conhecido como êxtase, pois acreditam que não causa danos. Entretanto, existem muitos relatos de efeitos adversos, incluindo a intoxicação aguda, abuso potencial e possíveis efeitos neurotóxicos. Portanto, profissionais da área da saúde necessitam reconhecer prontamente os sintomas da intoxicação a fim de iniciar o tratamento o mais breve possível. A droga é usada via oral durante várias horas de festas com danças. Agudamente, o êxtase aumenta a liberação do serotonina e diminui sua recaptação, levando a hipertensão, hipertermia, trismo e vômitos. Há discussão se as doses recreacionais causam danos permanentes aos neurônios serotonérgicos em humanos. Os usuários apresentam risco elevado de desenvolver distúrbios psicopatológicos, além disso, o uso prolongado pode induzir a dependência, caracterizada pela tolerância e ressaca. A intoxicação aguda necessita de tratamento de emergência, para se evitar reações adversas e complicações graves. Não há antidotos específicos para tratar a intoxicação aguda. Medidas de suporte e tratamento médico para cada uma das complicações devem ser executados, mantendo-se em mente que os sintomas a serem tratados originam-se principalmente do sistema nervoso central e do sistema cardiovascular.
ASSUNTO(S)
3,4-metilenodioximetanfetamina efeitos adversos desordens relacionadas a substância cognição hipertermia
Documentos Relacionados
- A Experiência do Êxtase: Categorizando os Processos Envolvidos na Ampliação da Consciência
- O REVERSO DO ÊXTASE: SILÊNCIOS E SOLAVANCOS EM A PAIXÃO SEGUNDO G. H. A NARRATIVA AGÔNICA NA TRAVESSIA DO SER
- Aversão alimentar condicionada para o controle da intoxicação por Palicourea aeneofusca
- Intoxicação crônica por cobre em ovinos: conduta para o diagnóstico conclusivo
- Bases para o tratamento da morbidade em áreas endêmicas de filariose bancroftiana