Intervenção percutânea em lesão de tronco de coronária esquerda não protegido

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Cardiol. Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Refinamentos da intervenção coronária percutânea (ICP), entre eles a utilização do ultrassom intravascular (IVUS) e da reserva de fluxo fraccionada (FFR), têm permitido o tratamento de lesões complexas com bons resultados. Como consequência, a abordagem percutânea das lesões de TCE se difundiu, incluindo hospitais de menor volume de procedimentos. Nosso objetivo foi apresentar os resultados iniciais e tardios da ICP de lesões de TCE não protegido. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes consecutivos tratados em dois centros hospitalares, de agosto do 2009 a julho do 2013. A indicação da estratégia percutânea baseou-se em avaliação clínica, cálculo do escore Syntax, EuroScore e no desejo do paciente. RESULTADOS: Foram tratados 28 pacientes, com idade de 69,2 ± 10,1 anos, 39% eram diabéticos e 39% eram portadores síndrome coronária aguda. Metade dos pacientes tinha EuroScore ≥ 6; o escore Syntax foi de 26,0 ± 8,4 e 82% tinham lesões localizadas na bifurcação. As intervenções foram guiadas por IVUS e/ou FFR em 71,4% dos pacientes, 93% foram tratados com stents farmacológicos, predominantemente pela técnica de 1 stent, e o sucesso angiográfico foi alcançado em 100% dos casos. O acompanhamento foi de 19,2 ± 13,7 meses. A taxa de desfechos clínicos maiores foi de 21,4% no seguimento maior a 4 anos, óbito cardíaco de 14,2%, infarto do miocárdio não fatal de 3,5%, e revascularização da lesão-alvo em 3,5%. CONCLUSÕES: A ICP de TCE não protegido guiada, sempre que possível, por IVUS e/ou FFR é segura e eficaz no curto e longo prazos, na experiência em um hospital com moderado volume de procedimentos.

ASSUNTO(S)

doença da artéria coronariana estenose coronária intervenção coronária percutânea stents farmacológicos ultrassom

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