INTERAÇÕES ENTRE O ESTRESSE REPETIDO E CLOMIPRAMINA: DIFERENNTES RESPOSTAS EM RATOS MACHOS E FÊMEAS / INTERACTION BETWEEN REPEATED STRESS AND CLOMIPRAMINE: DIFERENCE RESPONSE IN MALE AND FEMALE RATS
AUTOR(ES)
Rodrigo de Souza Balk
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
14/10/2011
RESUMO
O estresse pode ser definido como uma variedade de estímulos fisiológicos e psicológicos que podem ter efeitos diretos ou indiretos sobre a função corporal. Neste contexto o estresse repetido ou situações estressantes podem induzir ansiedade e depressão. Diferentes respostas quanto ao estresse repetido e tratamento antidepressivo são observadas em machos e fêmeas. A clomipramina é um antidepressivo tricíclico que inibe a recaptação de serotonina e norepinefrina com ações indiretas sobre o sistema dopaminérgico e eixo límbico-hipotálamo-hipófise-adrenal (LHHA). Seu uso crônico aumenta a habilidade do corpo em combater o estresse, contudo doses elevadas podem potencializar os efeitos colaterais sobre memória, aprendizado e função sensório-motora. Desta forma, este estudo investigou as diferenças sexuais quanto ao estresse repetido por contenção e tratamento crônico com clomipramina sobre parâmetros de estresse oxidativo em córtex cerebral, estriado e hipocampo (Artigo 1 e Manuscrito 1) e comportamento de ratos (Artigo 2 e Manuscrito 1). Machos e fêmeas foram divididos em controle e estresse e subdivididos em tratados ou não com clomipramina durante 40 dias de estresse e 27 dias consecutivos de tratamento com clomipramina (30mg/kg). O modelo de estresse repetido por contenção utilizado neste estudo aumentou o dano oxidativo particularmente em estriado e hipocampo de fêmeas determinando maior sensibilidade ao estresse em comparação aos machos (Manuscrito 1). Neste contexto os níveis antioxidantes não-enzimáticos como tióis nãoprotéicos (NP-SH), enzimáticos tais como a enzima superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) e Na+/ K+-ATPase (Manuscrito 1) também sofreram alterações em ambos os sexos. O tratamento antidepressivo com clomipramina potencializou o dano oxidativo causado pelo desequilíbrio entre oxidantes/antioxidantes, particularmente em machos. Em relação às atividades comportamentais (Manuscrito 1) fêmeas submetidas à estresse repetido por contenção apresentaram maior ansiedade e menor motivação quando comparado aos machos. Por outro lado, machos apresentaram prejuízo na formação de memória não espacial através das variáveis de memória em curto e longo prazo assim como uma redução na atividade locomotora e exploratória em relação ás fêmeas. Diferenças sexuais foram verificadas também quanto ao tratamento antidepressivo o qual potencializou os déficits sobre a formação da memória não espacial e atividade locomotora e exploratória assim como motivação em machos, mas em contrapartida foi observado um aumento da ansiedade e uma redução quanto ao consumo de alimento doce em fêmeas. Por fim, os resultados deste estudo indicam que fêmeas são sensíveis ao estresse particularmente sobre ansiedade e motivação enquanto machos são sensíveis à formação de memória não espacial assim como atividade locomotora e exploratória. O tratamento antidepressivo com clomipramina na dose utilizada parece ter efeito neuroprotetor em fêmeas, mas citotóxico em machos o que pôde ser observado pelo aumento nos déficits neuroquímicos e comportamentais.
ASSUNTO(S)
comportamento estresse oxidativo clomipramina estresse repetido por contenção ciencias biologicas oxidative stress repeated restraint stress clomipramine behavior
ACESSO AO ARTIGO
http://coralx.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4042Documentos Relacionados
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