Influência prognóstica da idade e do tempo de evolução dos sintomas na mielopatia cervical espondilótica

AUTOR(ES)
FONTE

Coluna/Columna

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

OBJETIVO: Apresentamos um estudo que visa esclarecer a influência da idade e do tempo de evolução dos sintomas no prognóstico depois da cirurgia. MÉTODO: Estudo prospectivo de 66 pacientes que sofreram intervenção devido a MCE, avaliados (escore mJOA) no pré e pós-operatório. Acompanhamento de três anos. Foram analisadas as variáveis idade e tempo de evolução clínica (TE). Esta última é subdividida em dois grupos: evolução longa (> 1 ano), com 35 casos e evolução curta (≤ 1 ano), com 31 casos, assim como a variável de agravamento recente (AR). O agravamento recente, quando a doença vem progredindo de forma paulatina, sem intercorrências importantes, é avaliado como NÃO (15 casos); nos casos de progressão da doença antes da intervenção, é avaliado como SIM (20 casos). RESULTADOS: A idade teve correlação significante com P < 0,01 no quadro clínico pré-operatório (r = -0,38) e pós-operatório, com P < 0,05 (r = -0,30). Não se encontrou correlação entre a idade e a taxa de recuperação. O TE não apresentou correlação com o estado clínico pré-operatório. Verificou-se correlação negativa entre tempo de evolução, estado clínico pós-operatório (r = -0,46) e o TR significante com P < 0,001 (r = -0,42). O TR foi 20% maior nos pacientes com evolução clínica curta. A variável AR foi maior no pré-operatório, 1,45 pontos de média (mJOA) com significância estatística de p < 0,05, além de taxas de recuperação piores (10%) do que os outros pacientes. No AR, embora sem significância estatística. CONCLUSÕES: A idade influi negativamente no quadro clínico pré e pós-operatório, não sendo preditiva da capacidade de melhora. O tempo de evolução é um valor prognóstico da capacidade de melhora, sendo que sua influência é negativa.

ASSUNTO(S)

doenças da medula espinal estenose espinal resultado de tratamento prognóstico

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