Influência prognóstica da idade e do tempo de evolução dos sintomas na mielopatia cervical espondilótica
AUTOR(ES)
Rota Conde, Antonio Fernández de, Rota Avecilla, Juan José Fernández de, Coretti, Stephan Meschian, Labajos, Víctor Urbano, Romero, Manuel Barón
FONTE
Coluna/Columna
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
OBJETIVO: Apresentamos um estudo que visa esclarecer a influência da idade e do tempo de evolução dos sintomas no prognóstico depois da cirurgia. MÉTODO: Estudo prospectivo de 66 pacientes que sofreram intervenção devido a MCE, avaliados (escore mJOA) no pré e pós-operatório. Acompanhamento de três anos. Foram analisadas as variáveis idade e tempo de evolução clínica (TE). Esta última é subdividida em dois grupos: evolução longa (> 1 ano), com 35 casos e evolução curta (≤ 1 ano), com 31 casos, assim como a variável de agravamento recente (AR). O agravamento recente, quando a doença vem progredindo de forma paulatina, sem intercorrências importantes, é avaliado como NÃO (15 casos); nos casos de progressão da doença antes da intervenção, é avaliado como SIM (20 casos). RESULTADOS: A idade teve correlação significante com P < 0,01 no quadro clínico pré-operatório (r = -0,38) e pós-operatório, com P < 0,05 (r = -0,30). Não se encontrou correlação entre a idade e a taxa de recuperação. O TE não apresentou correlação com o estado clínico pré-operatório. Verificou-se correlação negativa entre tempo de evolução, estado clínico pós-operatório (r = -0,46) e o TR significante com P < 0,001 (r = -0,42). O TR foi 20% maior nos pacientes com evolução clínica curta. A variável AR foi maior no pré-operatório, 1,45 pontos de média (mJOA) com significância estatística de p < 0,05, além de taxas de recuperação piores (10%) do que os outros pacientes. No AR, embora sem significância estatística. CONCLUSÕES: A idade influi negativamente no quadro clínico pré e pós-operatório, não sendo preditiva da capacidade de melhora. O tempo de evolução é um valor prognóstico da capacidade de melhora, sendo que sua influência é negativa.
ASSUNTO(S)
doenças da medula espinal estenose espinal resultado de tratamento prognóstico
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