Influencia do sexo, do ciclo estral e do estrese agudo nas respostas hormonais e metobolicas em ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi analisar a influência do sexo e do ciclo estral nas respostas metabólicas e hormonais em ratos submetidos a estresse agudo. Ratos com 3 meses de idade, machos e fêmeas ovariectomizadas, ou com ciclo estral regular, foram usados (n = 7-11/grupo). Após a identificação da fase do ciclo estral, manipulação (machos) ou 21 dias após a castração, os animais foram submetidos a uma sessão de natação. Imediatamente após a aplicação do estresse, os animais foram sacrificados sob anestesia para coleta do sangue e dos tecidos. Estes procedimentos também foram realizados em animais controle. Amostras do fígado, coração, músculos sóleo, gastrocnêmio vermelho e branco foram usados para determinação da concentração tecidual de glicogênio (método colorimétrico do fenol-sulfúrico). Após a coleta de sangue e centrifugação, o plasma foi usado para determinação da concentração plasmática de glicose, triglicerídeos, corticosterona, estradiol e progesterona. A glicose e o triglicerídeo plasmáticos foram determinados por ensaios enzimáticos-colorimétricos. As determinações hormonais foram feitas por radioimunoensaio. Os dados foram analisados por ANOVA bifatorial seguida do teste de Tukey com nível de significância 5%. Ratos machos e fêmeas em diestro controle apresentaram maior concentração de glicogênio hepático quando comparados às demais fases do ciclo estral. A natação induziu uma diminuição neste parâmetro em todos os grupos analisados. Com relação ao glicogênio no músculo cardíaco, ratas em metaestro controle apresentaram menor concentração comparadas aos demais grupos e o estresse por natação causou mobilização em todos os grupos, exceto nesta fase do ciclo estral. Ratos machos e ratas em proestro controle apresentaram respectivamente concentração estatisticamente maior e menor de glicogênio no músculo sóleo comparados aos demais grupos e o estresse por natação induziu uma diminuição deste carboidrato em machos e fêmeas em estro, sem ocorrer alteração nas demais fases. Com relação ao glicogênio nos músculos gastrocnêmico vermelho e branco, machos apresentaram maior concentração basal deste polissacarídeo comparado aos demais grupos controle. Neste tecido o estresse por natação induziu diminuição nas concentrações de glicogênio em todos os grupos analisados. O grupo de ratas em metaestro controle apresentou maior glicemia em relação aos demais grupos. Após o estresse, ratos machos e fêmeas em proestro e em diestro apresentaram elevação neste parâmetro, sem alteração em fêmeas em estro e em metaestro. Com relação às concentrações plasmáticas de triglicerídeos, ratas em diestro controle apresentaram valores mais elevados que os demais grupos. Machos, fêmeas em proestro, estro e em metaestro submetidos à natação apresentaram elevação neste parâmetro, enquanto que o grupo de ratas em diestro apresentou diminuição. Ratas em metaestro apresentaram maiores concentrações plasmáticas de corticosterona em relação aos demais grupos controle. Após o estresse, houve elevação neste parâmetro em todos os animais, validando o modelo de estresse utilizado, porém este aumento foi menor em machos. As concentrações basais de estradiol foram mais elevadas em ratas em proestro em relação aos outros grupos analisados. Após a sessão de natação somente nesta fase foi observado aumento, sem alterações nas demais fases do ciclo estral. Com relação à concentração plasmática de progesterona, ratas em metaestro controle apresentaram concentração mais elevada comparadas às demais fases. O estresse induziu aumento e queda respectivamente no metaestro e no proestro. Desta forma, o sexo e o ciclo estral influenciaram a mobilização tecidual de glicogênio, a glicemia, a concentração plasmática de triglicerídeos e a secreção de corticosterona. Também, o ciclo estral influenciou a secreção de estradiol e progesterona após estresse agudo por natação.

ASSUNTO(S)

estradiol natação glicose progesterona corticosterona glicogenio

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