Estudo da doença carotídea em pacientes com doença arterial periférica
AUTOR(ES)
Bez, Leonardo Ghizoni, Navarro, Túlio Pinho
FONTE
Rev. Col. Bras. Cir.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-10
RESUMO
Objetivo: estudar estenose das artérias carótidas nos pacientes com doença arterial periférica sintomática.Métodos: avaliaram-se consecutivamente 100 portadores de doença arterial periférica sintomática, nos estágios de claudicação intermitente, dor em repouso ou lesão trófica. A estenose carotídea foi estudada pelo eco-color-doppler, sendo considerada significativa quando maior ou igual a 50%. A análise univariada foi utilizada para selecionar os potenciais preditores de estenose carotídea, levados posteriormente para análise multivariada.Resultados: a prevalência de estenose carotídea foi 84%, sendo significativa em 40% e acentuada em 17%. A idade variou de 43 a 89 anos (média de 69,78). Quanto ao sexo, 61% foram do sexo masculino e 39% do feminino. Metade dos pacientes da amostra era claudicante e metade tinha isquemia crítica. Quanto aos fatores de risco, 86% dos pacientes apresentaram hipertensão arterial sistêmica, 66% exposição ao fumo, 47% diabetes, 65% dislipidemia, 24% coronariopatia, 16% insuficiência renal e 60% história familiar positiva para doenças cardiovasculares. Em sete pacientes, havia história de alguma sintomatologia cérebro-vascular isquêmica no território carotídeo. A presença de sintomatologia cérebro-vascular mostrou-se estatisticamente significativa para influenciar o grau de estenose nas artérias carótidas (p=0,02 na avaliação global e p=0,05 nos subgrupos de estenoses significativas e não significativas).Conclusão: o estudo das artérias carótidas através do exame de duplex-scan é de suma importância na avaliação dos pacientes portadores de doença arterial periférica sintomática, devendo-se realizar o estudo de forma sistemática nos pacientes.
ASSUNTO(S)
artérias carótidas estenose das carótidas doença arterial periférica fatores de risco.
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