InfluÃncia da via de parto sobre os resultados perinatais de mulheres que tiveram parto prematuro. / INFLUENCE OF THE WAY OF CHILDBIRTH ON RESULTS PERINATAIS OF WOMEN WHO HAD HAD PREMATURE CHILDBIRTH

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

06/01/2009

RESUMO

Objetivos: avaliar a influÃncia da via de parto sobre os resultados perinatais, em mulheres que tiveram parto prematuro (PP); avaliar caracterÃsticas demogrÃficas e obstÃtricas como determinantes da via de parto. Sujeitos e mÃtodos: estudo transversal, a partir dos prontuÃrios de mulheres que tiveram PP, acompanhadas no ServiÃo de Medicina Materno-Fetal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand â Universidade Federal do CearÃ. Foram analisadas 195 gestantes e os 195 recÃm-nascidos (RNs) oriundos dessas gestaÃÃes, Ãnicas, sem complicaÃÃes clÃnicas maternas, fetais e obstÃtricas, apresentando idade gestacional (IG) entre 22 e 36 semanas e seis dias e com peso fetal igual ou acima de 500 gramas. As caracterÃsticas demogrÃficas e obstÃtricas e os resultados perinatais foram avaliados na populaÃÃo geral e em cada grupo (partos vaginal e abdominal), sendo posteriormente comparados entre si. Para a avaliaÃÃo estatÃstica comparativa entre os dois grupos, utilizou-se o teste de Mann-Whitney. O cÃlculo da razÃo de risco ajustado foi realizado atravÃs do software SAS versÃo 9.1.3 e atravÃs de RegressÃo LogÃstica e Multivariada. Todos foram considerados estatisticamente significantes quando p<0.05. Resultados: a maioria das gestantes (81.5%) foi admitida em trabalho de parto prematuro (TPP) ativo espontÃneo e 43.1% apresentaram bolsa rota. Agentes tocolÃticos e corticosteroides foram usados, respectivamente, em 41.6% e 58.3% das mulheres em prÃdromo de TPP e a maioria dos partos (74.4%) ocorreu por via vaginal. No momento do parto, a IG mÃdia foi 32.6 semanas. Quando os dois grupos foram comparados, o prÃdromo de TPP, a bolsa rota e a administraÃÃo de tocolÃticos e corticoides aumentaram, significativamente, o risco de cesÃrea (RRs 6.10, 1.64, 1.95 e 1.82, respectivamente), enquanto o TPP ativo diminuiu, significativamente, esse risco (RR 0.16, IC 95% - 0.11 a 0.25). O peso mÃdio dos RNs foi 1873g, sendo classificados como adequados para IG em 76.7%. Necessitaram de internamento em UTI 62.1% dos casos, 21% usaram surfactante, 90.8% necessitaram de ventilaÃÃo mecÃnica, 4.6% apresentaram tocotraumatismos e o Ãndice de Ãbito neonatal foi de 8.7%. Quando se compararam os dois grupos, a cesÃrea aumentou, significativamente, a chance do Ãndice de Apgar ao 5Â minuto ser ≥ 7 (RR 1.06, IC 95% - 1.01 a 1.13). ApÃs regressÃo logÃstica de COX, ajustada para fatores que poderiam influenciar nos resultados perinatais, nÃo foram observadas diferenÃas estatisticamente significativas entre os dois grupos. ConclusÃes: nÃo foram encontradas diferenÃas estatisticamente significativas nos resultados perinatais entre RNs de partos vaginal e abdominal de mulheres que tiveram parto prematuro. Quanto Ãs caracterÃsticas obstÃtricas, o prÃdromo de TPP, a bolsa rota e o uso de agentes tocolÃticos e corticoides aumentaram, significativamente, o risco de cesÃrea, enquanto o TPP ativo diminuiu, significativamente, esse risco.

ASSUNTO(S)

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