Infecção tuberculosa latente em profissionais contatos e não contatos de detentos de duas penitenciárias do estado de São Paulo, Brasil, 2008
AUTOR(ES)
Nogueira, Péricles Alves, Abrahão, Regina Maura Cabral de Melo, Galesi, Vera Maria Neder
FONTE
Revista Brasileira de Epidemiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
INTRODUÇÃO: Para grupos de pessoas que permanecem confinadas, principalmente em presídios, a tuberculose sempre foi um grave problema de saúde, devido a sua transmissão respiratória, colocando em risco os profissionais que trabalham no sistema prisional, especialmente os contatos de detentos. OBJETIVO: Conhecer a prevalência de infecção pelo Mycobacterium tuberculosis entre os profissionais contatos e não contatos de detentos de duas penitenciárias do Estado de São Paulo. MÉTODOS: Este estudo consistiu na aplicação de um questionário individual; aplicação e leitura da prova tuberculínica; baciloscopia e cultura dos escarros, com posterior identificação e teste de sensibilidade às drogas antituberculose das cepas isoladas, no período de março a junho de 2008. RESULTADOS: Foram examinados 277 (48,3%) profissionais dos 574 existentes. Foram aplicados e lidos 248 (89,5%) testes tuberculínicos (PPD-RT23 - 2TU/0,1 mL), sendo que 194 foram em profissionais que trabalhavam diretamente com os detentos, ou seja, eram contatos e 54, em não contatos. Entre os contatos, 62,4% apresentaram enduração maior que 10 mm e entre os não contatos, 38,9% foram reatores ao teste tuberculínico. Não houve exame de escarro positivo na baciloscopia e na cultura, ou seja, não foi identificado nenhum caso de tuberculose doença entre os profissionais, no momento da pesquisa. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que os profissionais que têm contato direto com os detentos, têm um risco maior de se infectar pelo M. tuberculosis e adoecer por tuberculose.
ASSUNTO(S)
tuberculose trabalhadores prisões tuberculose latente teste tuberculínico bacteriologia
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