Incidência de aposição incompleta persistente e tardia após implante de stents com sirolimus e zotarolimus

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

INTRODUÇÃO: Aposição incompleta (AI) é descrita após implante de stents farmacológicos (SF) e pode associar-se à trombose de stents. Em razão de diferentes plataformas, polímeros e fármacos utilizados, diferenças na eficácia e na segurança entre SF também são esperadas. OBJETIVO: Avaliar a incidência de AI persistente e tardia após implante de stents com sirolimus (SES) e com zotarolimus (ZES) e a evolução dos pacientes que apresentem essa alteração. MÉTODO: Análise de 242 pacientes tratados com SF (175 pacientes com SES - Cypher® - e 67 pacientes com ZES - EndeavorTM) e submetidos a ultra-sonografia intracoronária após o implante e aos seis meses. RESULTADOS: No grupo tratado com SES, 7 (4%) pacientes apresentaram AI tardia e 12 (6,8%), AI persistente. No grupo tratado com ZES, nenhum caso de AI tardia foi identificado e, em 4 pacientes, observou-se AI após o implante e que desapareceu aos seis meses. Nos pacientes com AI tardia, observou-se aumento evolutivo dos volumes do vaso (de 377,2 ± 148,9 mm³ para 431,9 ± 155,1 mm³; p = 0,51) e da placa (de 206,1 ± 51,5 mm³ para 236,9 ± 68,4 mm³; p = 0,36). O volume de hiperplasia intimal foi maior após ZES (16,6 ± 5,8 mm³ vs. 5,1 ± 5,5 mm³; p < 0,0001). Após nove meses, não ocorreram eventos cardíacos adversos nos pacientes com AI. CONCLUSÃO: A incidência de AI tardia foi de 2,9% e observada após SES. A presença de AI não esteve relacionada a eventos adversos a médio prazo.

ASSUNTO(S)

contenedores ultra-som sirolimus reestenose coronária

Documentos Relacionados