IMPAIRED QUALITY OF LIFE IN CHAGAS ACALASIA PATIENTS AND ASSOCIATED CLINICAL FACTORS
AUTOR(ES)
ROSA-E-SILVA, Lucilene; PONTES, Rose Meire Albuquerque; VENDRAME, Grazieli Lopes Matta e; XAVIER, Felipe Augusto Linhares; KRELING, Gabriel Afonso Dutra; BELLINATI, Philipe Quagliato
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO Contexto: Não encontramos na literatura estudos sobre a qualidade de vida em pacientes com acalásia chagásica especificamente. Objetivo: Comparar a qualidade de vida de pacientes com acalásia chagásica e a da população em geral. Também, correlacionar a qualidade de vida nestes pacientes com fatores clínicos que possam afetá-la. Métodos: Estudamos 60 pacientes com acalásia chagásica e 50 controles. Todos os pacientes foram submetidos à manometria esofágica para diagnóstico de acalásia e esofagograma técnica padrão para determinar o grau do megaesôfago. Usamos 3 questionários: 1) clínico: foram coletados os seguintes dados: demográficos, história clínica, índice de massa corporal, presença de seis sintomas esofágicos (definimos Escore de Sintomas Esofágicos como o número de sintomas relatados pelos pacientes), duração da disfagia; 2) avaliação sócio-econômico-cultural: sete questões sobre as condições sócio-econômico-culturais foram perguntadas para pacientes e controles; 3) qualidade de vida: foi avaliada pelo questionário SF-36, versão validada para o português-Brasil (licença QM020039). Este é um questionário genérico que mede a qualidade de vida em oito domínios: 3a) quatro físicos: capacidade funcional, aspectos físicos, dor corporal, estado geral de saúde; 3b) quatro mentais: vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental. Estes oito domínios podem ser compilados em dois escores: Sumário dos Escores Físicos e Sumário dos Escores Mentais. Na análise de fatores clínicos que pudessem afetar a qualidade de vida dos pacientes, avaliamos: escores de sintomas esofágicos, duração da disfagia, índice de massa corporal, graus de megaesôfago e presença/ausência de megacólon. Resultados: Os dois grupos (pacientes e controles) apresentaram semelhantes idade, gênero, história médica e condições socioeconômico-culturais (P>0,05). Todos os pacientes tinham disfagia e megaesôfago. Com relação à qualidade de vida, pacientes com acalásia chagásica apresentaram valores significativamente menores do que os controles em todos os domínios do questionário SF-36 (domínios físicos: P<0,002; domínios mentais: P<0,0027). Os Sumários dos Escores Físicos e Mentais também foram significativamente menores em pacientes do que nos controles (P<0.0062). A análise dos fatores clínicos que poderiam afetar a qualidade de vida nos pacientes mostrou que o Sumário dos Escores Físicos se correlaciona negativamente com o Escores Dos Sintomas Esofágicos (P=0,0011) e positivamente com o índice de massa corporal (P=0,02). Não observamos qualquer outra correlação. Conclusão: Pacientes com Acalásia Chagásica têm pior qualidade de vida que a população em geral, em todos os domínios físicos e mentais. Pacientes que relataram mais sintomas apresentaram pior qualidade de vida nos domínios físicos. Pacientes com valores maiores de índice de massa corporal apresentaram melhor qualidade de vida nos domínios físicos.
Documentos Relacionados
- Quality of life and associated factors for caregivers of functionally impaired elderly people
- Factors Associated with Quality of Life in Patients with Systemic Arterial Hypertension
- Factors Associated With Quality of Life in Patients with Systemic Arterial Hypertension
- Factors associated with vision-related quality of life in Brazilian patients with glaucoma
- Oral Health-Related Quality of Life and Associated Factors in Brazilian Adolescents