Factors associated with vision-related quality of life in Brazilian patients with glaucoma

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/08/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: Avaliar o impacto da acuidade visual, danos no campo visual e outros fatores na qualidade de vida em pacientes brasileiros com glaucoma. Métodos: Este foi um estudo transversal prospectivo incluindo 49 pacientes com glaucoma selecionados com base na presença de defeitos por perimetria automatizada padrão reprodutíveis em pelo menos um olho no momento da avaliação. Um exame oftalmológico detalhado foi realizado em cada paciente. Todos os pacientes possuíam perimetria automatizada padrão reprodutível e preencheram um questionário NEI VFQ-25. As associações dos escores de qualidade de vida à acuidade visual melhor corrigida e à perda de campo visual dos melhores e piores olhos foram investigadas. Resultados: A média dos escores de qualidade de vida dos pacientes foi de 58,8 ± 18,7 unidades. Os maiores e menores valores médios (85,0 ± 24,2 e 37,5 ± 36,5 unidades) foram observados nas subescalas “Social Functioning Subscale” e “Driving Subscale”, respectivamente. Pacientes com glaucoma avançado (desvio médio <-12 dB) no pior olho tiveram escores de qualidade de vida significativamente menores (p=0,007). Houve correlação significativa entre escores de qualidade de vida e a acuidade visual dos olhos melhores e piores (r2=13%; p=0,010 e r2=32%; p<0,001; respectivamente). Houve também uma correlação significativa entre os escores de qualidade de vida e desvios médios da perimetria automatizada padrão dos olhos melhores e piores (r2=13%; p=0,023 e r2=47%; p<0,001; respectivamente). Em um modelo multivariado contendo dados socioeconômicos e de comorbidades, a qualidade de vida permaneceu significativamente relacionada ao desvio médio padrão da perimetria automatizada do olho melhor e pior (r2=23%; p=0,29 e r2=49%; p<0,001, respectivamente) bem como para a acuidade visual do olho melhor e pior (r2=18%; p= 0,017 e r2=40%; p<0,001, respectivamente). Conclusão: O desvio padrão da perimetria automatizada padrão e a acuidade visual dos olhos melhor e pior foram associados à menor qualidade de vida em pacientes brasileiros com glaucoma. A qualidade de vida foi em grande parte altamente associada ao desvio padrão da perimetria automatizada padrão do pior olho.ABSTRACT Purpose: To evaluate the impact of visual acuity, visual field damage, and other factors on the quality of life in Brazilian patients with glaucoma. Methods: This cross-sectional prospective study involved 49 patients with glaucoma enrolled based on the presence of reproducible standard automated perimetry defects in at least one eye at the time of evaluation. A detailed ophthalmologic examination was performed on each patient. All patients had reproducible standard automated perimetry and completed an NEI VFQ-25 questionnaire. The associations of the quality of life scores to the best-corrected visual acuity and the visual field loss of the better and worse eyes were investigated. Results: The mean quality of life score of the patients was 58.8 ± 18.7 units. The highest and lowest mean values (85.0 ± 24.2 and 37.5 ± 36.5 units) were observed in the “Social Functioning Subscale” and “Driving Subscale,” respectively. Patients with advanced glaucoma (mean deviation <-12 dB) in the worse eye had significantly lower quality of life scores (p=0.007). There was a significant correlation between the quality of life scores and the visual acuity of the better and worse eyes (r2=13%, p=0.010 and r2=32%, p<0.001, respectively). There was also a significant correlation between the quality of life scores and standard automated perimetry mean deviation of the better and worse eyes (r2=13%, p=0.023 and r2=47%, p<0.001, respectively). In a multivariate model containing socioeconomic and comorbidity indices, quality of life remained significantly related to the standard automated perimetry mean deviation of the better and worse eyes (r2=23%, p=0.29 and r2=49%, p<0.001, respectively) as well as to the visual acuity of the better and worse eyes (r2=18%, p=0.017 and r2=40%, p<0.001, respectively). Conclusion: The standard automated perimetry mean deviation and the visual acuity of the better and worse eyes were associated with lower quality of life in Brazilian patients with glaucoma. Quality of life was mostly highly associated with the standard automated perimetry mean deviation of the worse eye.

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