Impacto da umidificação aquecida com pressão positiva automática em vias aéreas na terapia do síndroma de apneia obstrutiva do sono

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o impacto da umidificação aquecida introduzida no início da terapia com pressão positiva automática em vias aéreas (APAP, do inglês automatic positive airway pressure) na adesão e efeitos secundários. MÉTODOS: Foram randomizados 39 doentes com síndroma de apneia obstrutiva do sono sem terapia prévia em dois grupos de tratamento com APAP: com umidificação aquecida (grupo APAPcom; e sem umidificação (grupo APAPsem). Os doentes foram avaliados 7 e 30 dias após a colocação de APAP. Os parâmetros analisados foram a adesão ao tratamento (número médio de horas/noite), efeitos secundários (secura nasal ou da boca, obstrução nasal e rinorreia), sonolência diurna (escore da escala de sonolência de Epworth) e o conforto subjectivo (escala visual analógica). Foram ainda avaliados o índice de apneia-hipopneia (IAH) residual, pressões e fugas médias registados nos ventiladores. RESULTADOS: Os dois grupos de doentes estudados eram semelhantes no que respeita à média etária (APAPcom: 57,4 ± 9,2; APAPsem: 56,5 ± 10,7 anos), IAH (APAPcom: 28,1 ± 14,0; APAPsem: 28,8 ± 20,5 eventos/hora de sono), Epworth basal (APAPcom: 11,2 ± 5,8; APAPsem: 11,9 ± 6,3) e sintomas nasais iniciais. A adesão foi semelhante nos dois grupos (APAPcom: 5,3 ± 2,4; APAPsem: 5,2 ± 2,3 horas/noite). Não se verificaram diferenças nos outros parâmetros avaliados. CONCLUSÕES: A introdução inicial da umidificação aquecida na terapia com APAP não demonstrou vantagem no que diz respeito à adesão e efeitos secundários.

ASSUNTO(S)

umidificação respiração com pressão positiva cooperação do paciente

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