Imaginários no cinema de animação: estetização de corpos na interface do cuidado de crianças e adolescentes

AUTOR(ES)
FONTE

Saude soc.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-06

RESUMO

Resumo O artigo objetiva ilustrar como uma produção cinematográfica de animação é capaz de afirmar imaginários sociais e também evidencia a presença destes nas práticas sociais e profissionais nas áreas de educação, saúde e comunicação voltadas para a infância e adolescência. O estudo parte de elementos do repertório imagético de três formas/versões de corpo do personagem Baymax, da animação Big Hero 6, da Walt Disney Pictures, e identifica os imaginários sociais expressos na linguagem fílmica da animação, aqui considerados ponto de partida para refletir sobre as representações culturais e os dispositivos de biopoder da sociedade, nas lógicas consumistas e nas normatizações, padronizações, discriminações e nos controles do corpo, com atenção para os processos que envolvem as corporeidades de crianças e adolescentes. Os resultados evidenciam imaginários sociais que reforçam a padronização estética corporal, com caricaturização do corpo obeso e espetacularização do corpo atlético. As discussões alinham os imaginários a questões que tratam das corporeidades de crianças e adolescentes, especialmente centradas nas práticas sociais e profissionais e nas interfaces: saúde, educação e comunicação. É realçada a importância de uma cultura do cuidado pautada na integralidade e na interdisciplinaridade, que esteja atenta aos processos culturais, educacionais e formativos que ocorrem no contexto da sociedade consumista e midiática.

ASSUNTO(S)

saúde coletiva educação corporeidade cinema cuidado

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