Imagens do moderno: os sentidos do olhar de Jacques Tati

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

A pesquisa tem por. objetivo fazer uma leitura de aspectos da vida urbana no período pós-guerra pelo prisma do filme Meu Tio (Mon Oncle, FRA, 1958) do cineasta Ftancês Jacques Tati (1907- 1982). Trata-se de uma sátira à civilização tecnológica por meio da qual se pretende recuperar alguns dos elementos que compõem a representação da modernidade. Esta é entendida enquanto uma organização social à qual correspondem um estilo de vida e um modo de estar no mundo. Através da linguagem cinematográfica e do discurso cômico, Tati imprime na tela seu olhar crítico sobre a condição humana numa sociedade marcada pela automação, mecanização, disciplinarização, artificialismo - mundo como produção do homem e da ciência -, consumo e pela submissão do homem à automação e à ciência. No filme é enfocado o mundo das metrópoles, dos centros urbanos industriais, feito da contraposição aos antigos hábitos. Pelos elementos fílmicos pretende-se ver a experiência - contemplativa e ativa - humana do espaço moderno que aos poucos forja símbolos integrantes da representação que os homens fazem dos fenômenos que os envolvem a reorganização do espaço bem como da relação público-privado a organização das atividades sociais os modelos sociais vinculados à reprodução dos valores da modernidade. O estudo desenvolve reflexões sobre a importância da produção cinematográfica para o conhecimento histórico da vida social a partir da investigação da composição de sentido de seus elementos

ASSUNTO(S)

modernidade automacao civilizacao tecnologica historia tecnologias modernas tati, jacques 1907-1982 -- critica e interpretacao

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