Homogenous cortical-cancellous bone graft chemically processed, sterilized with ethylene oxide and soaked in autogenous bone marrow. An experimental study in dogs (Canis familiaris LINNAEUS, 1758). / Enxerto corticoesponjoso homógeno processado quimicamente, esterilizado em óxido de etileno e embebido em medula óssea autógena. Estudo experimental em cães (Canis familiaris LINNAEUS, 1758)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Foi estudado experimentalmente o desempenho biológico de um tipo de enxerto ósseo homógeno, processado quimicamente, esterilizado em óxido de etileno e embebido em medula óssea autógena. De cães doadores adulto-jovens foram obtidos blocos cilíndricos de 1,0 x 1,0 cm da epífise distal do fêmur, com auxílio de uma trefina. Os ossos assim obtidos foram clareados, desengordurados, esterilizados em óxido de etileno e mantidos em estoque. Trinta cães adultos jovens foram usados como receptores do enxerto e foram alocados em dois grupos. No grupo I (experimental) os animais foram operados e, criado, transversalmente, com trefina de 1,0 cm de diâmetro externo, um espaço cilíndrico de 1,0 cm de diâmetro por 1,0 cm de altura na epífise distal do fêmur direito, onde foi encaixado o enxerto preparado e que foi previamente embebido em medula óssea do próprio animal retirada por punção óssea na crista ilíaca. Três semanas depois, o mesmo animal foi submetido ao mesmo procedimento cirúrgico no fêmur esquerdo. Os cães deste grupo foram sacrificados seis semanas após a primeira cirurgia. O grupo II constituiu o controle e foi formado por vinte cães adulto-jovens em que, primeiro, foi retirado um cilindro de osso da epífise distal do fêmur esquerdo e, em seguida, no mesmo tempo cirúrgico, foi criado o mesmo espaço no fêmur direito, com uma trefina de um centímetro de diâmetro interno e, então, encaixado o bloco de osso retirado do fêmur do outro lado do mesmo animal. Estes animais foram subdivididos em dois subgrupos de dez cães cada, em relação ao tempo de sacrifício. Em um subgrupo os cães foram sacrificados três semanas após, enquanto que, no outro subgrupo, foram sacrificados seis semanas após a cirurgia de implantação do enxerto. O processo de incorporação do enxerto foi avaliado pela histologia convencional e histologia de fluorescência óssea, pela injeção prévia de tetraciclina. A comparação foi entre os grupos I e II, nos períodos de três e seis semanas pós-implante. As áreas dos enxertos homógenos com 21 dias pós-implante, geralmente mostraram-se visíveis, na maioria das vezes, formadas por trabéculas finas irregulares, sem osteócitos, porém com áreas de neoformação óssea. Já os enxertos autógenos, a área do osso implantado era bem visível, com trabéculas de osso antigo, mais adelgaçadas, em menor número que o osso receptor, porém com intensa deposição de osso neoformado. Para os enxertos homógenos com 42 dias pós-implante, a área do enxerto estava bem definida e integrada ao osso adjacente, composta por trabéculas antigas com predomínio de osso neoformado sobre a superfície. Nos enxertos autógenos com 42 dias pós-implante, as trabéculas tinham orientação comum, com espaço intertrabecular preenchido por tecido conjuntivo denso, em algumas áreas, e por medula óssea madura em outras. O enxerto homógeno processado e esterilizado em óxido de etileno e embebido em medula óssea apresentou boa atividade biológica, embora, com integração mais lenta e menor desempenho em relação ao enxerto autógeno, o que o torna um bom substituto para este último.

ASSUNTO(S)

enxerto homógeno bone graft medula óssea enxerto ósseo ethylene óxide homogenous graft bone marrow óxido de etileno

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