Interrupção eletiva da gestação em cães (Canis familiaris, Linnaeus, 1758)
AUTOR(ES)
BRUNCKHORST, Claudia Stoll, VUONO, Laudinor de, BARNABE, Renato Camparanut
FONTE
Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000
RESUMO
Analisou-se a problemática da escolha de um método confiável e seguro para a interrupção eletiva da gestação em cadelas, prática comum em clínica de pequenos animais para a prevenção do nascimento de ninhadas indesejadas e fator importante não só na solução de problemas pessoais de proprietários, mas também no controle populacional da espécie. Foram abordados os aspectos favoráveis e contra-indicações da interrupção cirúrgica e medicamentosa da prenhez. A interrupção cirúrgica é considerada a melhor escolha para animais que não se pretenda utilizar para reprodução. A utilização de estrógenos, do citrato de tamoxifena e agentes embriotóxicos não-hormonais é restringida pelos seus graves efeitos colaterais. A epostana necessita maiores estudos para confirmar sua eficiência. Apesar de possível, o uso dos análogos de GnRH esbarra em limitações de fornecimento e custo, assim como o controle imunológico da gestação, na especificidade dos agentes utilizados e possíveis efeitos colaterais, enquanto o uso de glicocorticóides, na duração do tratamento e efeitos secundários inerentes aos corticosteróides. Mifepristona e aglepristona, indisponíveis no mercado, têm sido apontadas como drogas de futuro promissor em face de sua eficácia, segurança e utilização em qualquer fase da gestação. Apesar dos seus previsíveis efeitos colaterais e da necessidade de hospitalização dos animais tratados, as prostaglandinas são cada vez mais utilizadas como drogas abortivas. Dentre os agonistas de dopamina, a cabergolina mostra os melhores resultados, principalmente quando associada ao análogo da prostaglandina cloprostenol, podendo ser utilizada assim que o diagnóstico de gestação seja possível, com eficiência de 100% e poucos efeitos colaterais.
ASSUNTO(S)
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