Herbáceas aquáticas das áreas alagáveis amazônicas: estado da arte e estudos necessários

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Limnologica Brasiliensia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

As áreas alagáveis amazônicas cobrem uma vasta extensão de terrenos submetidos a um pulso de inundação monomodal de amplitude média anual de 10 m, definindo uma fase aquática e uma fase terrestre de grande importância biológica. Conforme a origem geológica e as áreas de captação, a físico-química das áreas alagáveis irá variar, sendo definidos dois grandes grupos, as várzeas e os igapós. Apesar das plantas herbáceas aquáticas ocorrerem nessas duas tipologias, a maior riqueza de espécies e densidades são típicas da várzea, onde espécies aquáticas herbáceas, especialmente de plantas C4 podem apresentar valores de biomassa e produção primária líquida - PPL cerca de três vezes os da floresta de várzea. As plantas herbáceas aquáticas são muito importantes no balanço de carbono e nutrientes da várzea, uma vez que através da sua decomposição elas promovem o enriquecimento do sistema aquático e das áreas alagáveis associadas, tanto durante a fase aquática quanto terrestre do ciclo hidrológico. As principais ameaças para plantas herbáceas aquáticas estão relacionadas com a alteração e contaminação do habitat, devido à sua utilização em atividades econômicas como a pecuária de gado e búfalo e agricultura. A degradação aumenta a suscetibilidade destes sistemas ao fogo, especialmente durante a fase terrestre, resultando em perdas econômicas e degradação adicional das áreas alagáveis. Recentemente derrames de óleo decorrentes das atividades petrolíferas na região são motivo de grande preocupação, exigindo urgentemente avaliação adicional.

ASSUNTO(S)

rio amazonas gramíneas aquáticas produção primária

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