Hepatite C: transmissão sexual ou intrafamiliar? Análise epidemiológica e filogenética do vírus da hepatite C em 24 casais infectados
AUTOR(ES)
Cavalheiro, Norma de Paula, De La Rosa, Abel, Elagin, Slava, Tengan, Fátima Mitiko, Araújo, Evaldo Stanislau Affonso de, Barone, Antonio Alci
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-06
RESUMO
O papel da transmissão sexual ou intrafamiliar da hepatite C é controverso. Foi feita análise filogenética, região não estrutural 5B do vírus da hepatite C (NS5B-HCV). Altas percentagens de homologia com média de 98,3% foi revelada entre os casais. Vinte (83,3%) de 24 homens, contra apenas duas (8,3%) mulheres reportaram doença sexualmente transmisível durante suas vidas. Os fatores de risco para aquisição da doença foram: transfusão de sangue para 10 casais, uso de drogas ilícitas injetáveis para 17, inalatórias para 15, acupuntura em 5 e tatuagens para 5. O compartilhamento de utensílios de higiene pessoal incluem: escova de dente para seis (25%) dos casais, lâmina de barbear para 16 (66,7%), cortador de unhas para 21 (87,5%) e alicate de manicure para 14 (58,3%). O alto grau de similaridade genômica entre os vírus da hepatite C suporta a hipótese de transmissão entre os casais. O uso compartilhado de utensílios de higiene pessoal sugere a possibilidade de transmissão intrafamiliar.
ASSUNTO(S)
intrafamiliar vírus da hepatite c transmissão sexual heterosexual filogenia