Transmissão sexual da hepatite C
AUTOR(ES)
Cavalheiro, Norma de Paula
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-10
RESUMO
A eficiência da transmissão parenteral da hepatite C é consenso, porém dados na literatura sobre transmissão sexual e intrafamiliar são conflitantes. Data de 1989 o primeiro trabalho que relaciona o risco de transmissão sexual a múltiplos parceiros sexuais, na seqüência, outros estudos também reforçam que os riscos aumentam em populações específicas como co-infectados HIV, HBV, profissionais do sexo, homossexuais, usuários de drogas ilícitas e populações de clínicas de doenças sexualmente transmissíveis. Agora, na população geral qual seria o risco para casais monogâmicos heterossexuais onde um dos cônjuges apresenta a infecção pelo HCV? A literatura apresenta números que vão de zero a 27%, porém a maioria dos trabalhos afirma que as chances de transmissão são baixas ou quase nulas e aqui as porcentagens oscilam entre 0% e 3%. A transmissão intradomiciliar é fortemente considerada e mencionada como fator de confusão quando se menciona transmissão entre casais, pois se deve considerar que o compartilhamento de utensílios de higiene pessoal como lâmina de barbear, escova de dente, alicates de manicure e cortadores de unhas atuam como fator de risco importante para a transmissão do HCV dentro do domicílio. Transmissão sexual e/ou transmissão intrafamiliar, esta revisão trás à tona ambas hipóteses discutidas em diversos trabalhos pelo mundo.
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