Hepatite B entre mulheres profissionais do sexo em Ribeirão Preto - São Paulo, Brasil
AUTOR(ES)
Passos, Afonso Dinis Costa, Figueiredo, José Fernando de Castro, Martinelli, Ana de Lourdes Candolo, Villanova, Márcia Guimarães, Nascimento, Margarida Pásseri do, Gaspar, Ana Maria Coimbra, Yoshida, Clara Fumiko Tachibana
FONTE
Revista Brasileira de Epidemiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-12
RESUMO
OBJETIVOS: Estimar a prevalência de marcadores de hepatite B e estudar os fatores de risco para esta doença entre mulheres profissionais do sexo na cidade de Ribeirão Preto, Brasil. MÉTODOS: Foi aplicado um questionário a 449 mulheres profissionais do sexo, com a finalidade de levantar informações demográficas, socioeconômicas e comportamentais. Amostras de sangue das participantes foram analisadas através de técnicas imunoenzimáticas, para detecção dos marcadores HBsAg, anti-HBs e anti-HBc. RESULTADOS: A idade média das participantes foi 23 anos, variando de 13 a 64 anos. Uma elevada mobilidade espacial foi verificada, com 47,9% delas residindo em locais fora da região de Ribeirão Preto ou em outros estados brasileiros. Completa ausência de vacinação prévia contra hepatite B foi referida por 98,2%. No total, observou-se presença de qualquer marcador de hepatite B em 106 participantes (prevalência de 23,6%; IC95%: 19,7 27,5), com 84 positivos para anti-HBs (18,7%), 100 para anti-HBc (22,3%) e apenas 3 para HBsAg (0,7%). A análise por regressão logística evidenciou associação entre marcadores de hepatite B e as seguintes co-variáveis: idade, baixo nível socioeconômico, consumo de crack, relações sexuais com indivíduos infectados pelo HIV, história de hepatite prévia, relações sexuais com pessoas portadoras de hepatite e positividade para hepatite C. CONCLUSÕES: As profissionais do sexo em Ribeirão Preto apresentam diversos fatores de risco para hepatite B e quase total ausência de vacinação prévia específica, tornando necessários esforços concentrados na aplicação dessa medida de baixo custo, preferencialmente através do uso de equipes móveis que levem a vacina até os seus locais de trabalho.
ASSUNTO(S)
hepatite b prevalência profissionais do sexo prostitutas
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