Hearing screening in newborns with communicable diseases / Programas de triagem auditiva em crianças com doenças infecto contagiosas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Introdução: A identificação da deficiência auditiva, nos primeiros anos de vida, pode propiciar a (re)habilitação em idade apropriada, assegurando o desenvolvimento da função auditiva e conseqüente melhora na qualidade de vida. É nesta etapa da vida extra-uterina que ocorre a maior mielenização dos feixes nervosos, estando, portanto, a criança mais sujeita aos agravos de uma doença. Neste período de vida é importante o monitoramento do desenvolvimento destas crianças: a perda auditiva, em alguns casos (doenças ou genética) pode se instalar ao longo de seu crescimento. Em especial, algumas doenças que acometem a mãe no período gestacional podem ser a causa desta instalação tardia. As doenças infectocontagiosas de transmissão materno-infantil encontram-se neste grupo, dentre elas estão: a toxoplasmose, a citomegalovirose, a rubéola, a sífilis e a herpes. Objetivo: Esta pesquisa tem como objetivo realizar a revisão da literatura publicada, que abrange a triagem auditiva infantil, essencialmente em crianças com doenças infecto-contagiosas congênitas. Métodos: Apresentar os resultados obtidos nos estudos realizados em triagem auditiva em crianças, especialmente sobre os índices de sensibilidade e especificidade, em crianças com doenças infecto-contagiosas congênitas. Resultados: A triagem auditiva neonatal, compreendida entre os anos de 1944 a 1970, era realizada por meio de técnicas comportamentais, que conferiam um elevado número de falsos positivos e falsos negativos. Na tentativa de buscar métodos mais objetivos, menos sujeitos as interpretações subjetivas, outros procedimentos foram desenvolvidos: registro dos potenciais auditivos evocados corticais (ERA) e o teste do berço - crib-o-gram. Nos anos de 1990, as emissões otoacústicas e o registro dos potenciais evocados auditivos do tronco encefálico passaram a constar dos procedimentos recomendados e confiáveis para essa finalidade. Estas recomendações levaram à criação de inúmeros protocolos de triagem auditiva neonatal universal, com o propósito de avaliar de maneira mais adequada e fidedigna as perdas auditivas congênitas e/ou de aparecimento tardio, dando início à criação de programas de monitoramento da função auditiva em crianças com fatores de risco para deficiência auditiva. No Brasil, o processo foi mais lento, pois até o ano de 1995 a utilização das técnicas comportamentais para se testar a audição em crianças, ainda era realizada com freqüência. A partir deste ano, porém, houve a inclusão das emissões na triagem auditiva neonatal. Neste contexto, a realização da triagem auditiva neonatal, incorporou-se aos procedimentos eletrofisiológicos. Conclusão: Atualmente, no Brasil, as EOA são amplamente utilizadas nas triagens auditivas neonatais, porém, ainda há muito o que se implantar em função dos investimentos em saúde e pela extensão territorial. Assim, há de se discutir principalmente a adoção de programa público de saúde auditiva neonatal e revisar os aspectos determinantes no planejamento, efetividade, manutenção e aprimoramento da atenção à saúde auditiva no neonato. A partir dos achados na literatura nacional e internacional, comprovamos que existem diversos municípios brasileiros onde o programa já ocorre, porém ainda há a necessidade de implementação de novos programas de intervenção possibilitando, principalmente, melhor prognóstico de (re)habilitação, bem como o monitoramento audiológico

ASSUNTO(S)

fonoaudiologia communicable diseases perda auditiva doenças transmissíveis audiometria recém-nascido disturbios da audicao nas criancas audiology audiologia newborn hearing loss

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