Hannah Arendt e o resgate da ação e da cidadania

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A dissertação Hannah Arendt: o resgate da ação e da cidadania busca identificar os fundamentos para uma redefinição da política, a partir do resgate da ação cidadã e da recuperação do espaço público. O poder aparece sempre que os homens se reúnem, em condições de igualdade e liberdade, para mediante o discurso e a ação decidir o destino da polis. Sócrates é tomado como exemplo do bom cidadão, pois reconciliou as figuras do ator e do espectador, agindo na praça do mercado e provocando os conterrâneos para o exame crítico das opiniões. O princípio da não contradição é a base da moralidade, pois permite a pessoa ser amiga de si mesma, alertando-a para o que não pode fazer. Não basta o mero pensamento, no sentido de intelecção (Verstand), mas exige-se um pensamento que compreende o significado (Vernunft). A vontade, correspondente mental da ação, determina a identidade da pessoa e a forma como aparece no mundo. Mas, sobretudo, é o juízo a faculdade do espírito que permite ao cidadão se situar no mundo sem qualquer critério objetivo e de validade universal. O livro Julgar não foi escrito e, provavelmente, Arendt partiria da Crítica do Juízo, de Kant, resgatando categorias como o juízo reflexionante estético, a mentalidade alargada, o desinteresse, a comunicabilidade e o senso comum. A base do discurso político é a dignidade da pessoa humana em consonância com o Amor mundi que pressupõe a amizade e a solidariedade. A força da promessa garante a autoridade das leis da República, pois o acordo horizontal dos cidadãos é a fonte de legitimidade do Direito positivado. A pluralidade humana e a conservação do mundo estão no cerne do pensamento arendtiano, o que muito auxilia na reconstrução da política, mediante o resgate da ação e da cidadania.

ASSUNTO(S)

direito poliítica social ação (filosofia) cidadania poder (filosofia)

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