Growth, commercial cuts composition and carcass composition of lambs under prenatal and post-natal feed management / Crescimento e composiÃÃo de carcaÃa e dos cortes comerciais de cordeiros submetidos à restriÃÃo alimentar antes ou apÃs o nascimento

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O experimento foi conduzido no Setor de Ovinocultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais, com o objetivo de avaliar o crescimento, a composiÃÃo dos cortes comerciais e a qualidade das carcaÃas produzidas por cordeiros Santa InÃs, submetidos a diferentes manejos alimentares (alimentaÃÃo à vontade, restriÃÃo alimentar prÃ-natal e restriÃÃo alimentar pÃs-natal) e abatidos em diferentes pesos. Foram utilizados 68 animais, machos inteiros, os quais foram divididos em trÃs grupos: um grupo de cordeiros que nÃo sofreu restriÃÃo alimentar (cordeiros controle), um grupo que sofreu restriÃÃo prÃ-natal e outro que sofreu restriÃÃo pÃs-natal. Foram abatidos, ao nascimento, quatro cordeiros sem restriÃÃo alimentar e quatro restritos no terÃo final da gestaÃÃo, cujos dados foram usados como referÃncia atravÃs da tÃcnica de abate comparativo. Os abates subseqÃentes contemplaram quatro cordeiros de cada tratamento aos 10, 15, 25, 35 e 45 kg. Foram testados os efeitos dos diferentes manejos alimentares, dos pesos de abate e da interaÃÃo entre manejo alimentar e peso de abate sobre as caracterÃsticas produtivas julgadas de interesse econÃmico. Quanto ao desempenho e caracterÃsticas de carcaÃa, foi observado que a restriÃÃo alimentar influenciou (P<0,05) os consumos diÃrio e total de sucedÃneo, conversÃo do sucedÃneo em peso vivo, consumos diÃrio e total de concentrado, peso ao nascimento, peso de gorduras internas, rendimentos de carcaÃa quente e fria, rendimento biolÃgico de carcaÃa, pesos de osso, de mÃsculo e de gordura na carcaÃa fria, idade ao abate, ganho de peso vivo, ganho de peso de corpo vazio, ganhos de peso de carcaÃa quente e fria, ganhos de peso de osso, de mÃsculo e de gordura na carcaÃa fria e ganho de mÃsculo no ganho de peso vivo. Foi observado acrÃscimo linear (P<0,01) nos consumos diÃrio e total de sucedÃneo, consumos diÃrio e total de concentrado, peso do conteÃdo gastrintestinal, peso de corpo vazio, peso de componentes nÃo carcaÃa, peso de gorduras internas, pesos e rendimentos de carcaÃa quente e fria, quebra ao resfriamento, rendimento biolÃgico de carcaÃa, pesos de osso, de mÃsculo e de gordura na carcaÃa fria, ganho de peso vivo, ganho de peso de corpo vazio, ganhos de peso de carcaÃa quente e fria, ganhos de peso de osso, de mÃsculo e de gordura na carcaÃa fria e ganhos de peso de mÃsculo e de gordura no ganho de peso vivo, conforme o aumento do peso ao abate. A conversÃo do concentrado em peso vivo e o Ãndice de quebra ao resfriamento reduziram linearmente (P<0,01) com o aumento do peso ao abate. Com relaÃÃo Ãs caracterÃsticas morfolÃgicas foi observado que as restriÃÃes alimentares nÃo influenciaram (P>0,05) a altura posterior, o comprimento corporal, o perÃmetro torÃcico, a compacidade corporal, a largura e o perÃmetro da garupa, a largura da perna, o comprimento e a compacidade da carcaÃa, assim como a largura, a profundidade e a Ãrea do mÃsculo longissimus dorsi. No entanto, os cordeiros submetidos à restriÃÃo nutricional pÃs-natal apresentaram (P<0,05) maior altura do anterior, comprimento da perna e profundidade torÃcica, enquanto que os restritos no prÃ-natal apresentaram (P<0,05) maior espessura de gordura subcutÃnea que os demais. Todas as medidas morfolÃgicas realizadas in vivo ou na carcaÃa foram aumentadas linearmente (P<0,01) conforme o peso de abate. Para todas as medidas de morfologia foram verificadas (P<0,01)correlaÃÃes negativas com a porcentagem de osso e positivas com a porcentagem de gordura, entretanto nÃo foram obtidas (P>0,05) correlaÃÃes significativas com a porcentagem de mÃsculo na carcaÃa. A avaliaÃÃo da composiÃÃo da perna demonstrou que a restriÃÃo alimentar influenciou (P<0,05) o peso e o rendimento de mÃsculos da perna, peso e rendimento de gordura da perna, peso do somatÃrio dos cinco mÃsculos (bÃceps femural + semitendinoso + semimembranoso + adutor + quadrÃceps femural) e os pesos individuais dos mÃsculos semitendinoso e adutor. Foi observado um acrÃscimo linear (P<0,01) do peso da perna, peso de osso na perna, peso de mÃsculo na perna, peso de gordura na perna, comprimento do fÃmur; Ãndice de muscularidade, rendimento de mÃsculo na perna, rendimento de gordura na perna, peso do somatÃrio dos mÃsculos (bÃceps femural + semitendinoso + semimembranoso + adutor + quadrÃceps femural) e do peso individual de cada um dos cinco mÃsculos, conforme o aumento do peso ao abate. Os rendimentos de perna na carcaÃa fria e de osso na perna reduziram linearmente (P<0,01) com o aumento do peso ao abate. Quanto ao crescimento diferencial dos cortes da carcaÃa constatou-se um crescimento precoce (b<1) para o braÃo posterior, paleta e braÃo anterior. O carre apresentou crescimento isogÃnico (b=1), crescendo na mesma velocidade que a carcaÃa. Um crescimento tardio (b>1) foi verificado para o lombo e para o peito/fralda. A perna apresentou crescimento precoce (b<1) para os cordeiros com alimentaÃÃo à vontade e crescimento isogÃnico (b=1) para os cordeiros com alimentaÃÃo restrita no prà e pÃs-natal. O pescoÃo apresentou crescimento precoce para os cordeiros restritos no prÃ-natal e crescimento isogÃnico (b=1) para os alimentados à vontade e restritos no pÃs-natal. Quando foi analisado o crescimento diferencial dos diferentes tecidos nos cortes constatou-se crescimento precoce (b<1) para o tecido Ãsseo de todos os cortes e para o tecido muscular do peito/fralda. Um crescimento isogÃnico (b=1) foi verificado para os tecidos musculares da perna, lombo e carre dos cordeiros com alimentaÃÃo à vontade, para o tecido muscular do lombo dos cordeiros restritos no pÃs-natal e para os tecidos musculares da paleta e do pescoÃo de todos os cordeiros. Um crescimento tardio (b>1) foi verificado para o tecido adiposo de todos os cortes e para os tecidos musculares do braÃo posterior e braÃo anterior, tecido muscular da perna e do carre dos cordeiros restritos no prà e pÃs-natal e tecido muscular do lombo dos cordeiros restritos no prÃ-natal. Analisando o crescimento diferencial dos tecidos em relaÃÃo ao aumento de peso da carcaÃa fria constatouse um crescimento precoce (b<1) do tecido Ãsseo, em todos os manejos alimentares. O tecido muscular apresentou um crescimento isogÃnico (b=1) para os cordeiros com alimentaÃÃo à vontade e crescimento tardio (b>1) para os cordeiros com alimentaÃÃo restrita no prà e pÃs-natal. Um crescimento tardio (b>1) foi verificado para o tecido adiposo da carcaÃa em todos os manejos alimentares. Com o incremento do peso de carcaÃa fria ocorreu uma diminuiÃÃo proporcional de osso e acrÃscimos proporcionais de mÃsculo e gordura depositados na carcaÃa. RestriÃÃes alimentares durante o terÃo final de gestaÃÃo podem comprometer o desenvolvimento muscular e acentuar o desenvolvimento de tecido adiposo na carcaÃa durante o crescimento pÃs-natal. O padrÃo de desenvolvimento observado infere que o abate de cordeiros Santa InÃs, criados sob as condiÃÃes deste estudo, contempla a melhor composiÃÃo tecidual da carcaÃa quando realizado entre 25 e 35 kg.

ASSUNTO(S)

sheep carne meat cordeiro comercial cuts carcaÃa performance zootecnia ovino alometric growth crescimento corte comercial alometria desempenho carcass

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