Gestão municipal e desenvolvimento sustentável: um panorama dos indicadores de sustentabilidade nos municípios catarinenses

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/06/2012

RESUMO

O objetivo central deste trabalho é elaborar um panorama do desenvolvimento sustentável para o conjunto dos municípios catarinenses com base nos 57 indicadores que compõem o Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Municipal Sustentável (SIDMS). Este Sistema, tendo sido desenvolvido no âmbito da Federação Catarinense de Municípios, visa aproximar as discussões globais sobre sustentabilidade da realidade da gestão municipal, por meio da disponibilização de dados e informações técnicas que abrangem áreas cruciais do desenvolvimento sustentável. Tendo o Ecodesenvolvimento como linha teórica orientadora, os indicadores que subsidiam este trabalho incluem as dimensões Sociocultural, Econômica, Ambiental e Político-institucional. A principal motivação da pesquisa esteve na produção de uma análise conjuntural sobre o estado de Santa Catarina, buscando identificar deficiências e oportunidades que não aparecem nas análises tradicionais, já que, comumente, as comparações tomam como referência as médias brasileiras, mascarando uma diversidade de problemas internos em nosso estado. Os resultados da pesquisa confirmam as conclusões de uma série de autores que denunciam uma crise no modelo catarinense de desenvolvimento. Embora tenham apontado índices sociais muito positivos em áreas como educação e saúde municipal, os resultados também identificaram uma série de gargalos e de significativa falta de estrutura em áreas como cultura, meio ambiente, finanças, participação social e gestão pública. Os piores índices ficaram com as áreas de Meio Ambiente, Cultura e Finanças Municipais. O trabalho contribuiu, ainda, para identificar as áreas mais e menos sustentáveis do estado, segundo a metodologia do SIDMS. Os melhores índices ficaram com as tradicionais campeãs em desenvolvimento e qualidade de vida: as regiões do Vale do Itajaí e Norte Catarinense. Os piores, vieram do Planalto Serrano, Planalto Norte (região entre Canoinhas, Caçador e Curitibanos), Extremo Oeste, Extremo Sul e municípios da Encosta da Serra Geral. A conclusão mais relevante deste trabalho é de que os altos índices de desenvolvimento e qualidade de vida, tão presentes no imaginário e no discurso político dos catarinenses, são verdadeiros, mas apenas para parte do estado. Há uma série de regiões e de campos do desenvolvimento que precisam ser repensados antes que se imprima no estado, por definitivo, o modelo concentrador, excludente e perverso praticado em grande parte do Brasil

ASSUNTO(S)

desenvolvimento sustentável indicadores gestão municipal santa catarina administração municipal santa catarina administracao

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