Gagueira desenvolvimental persistente familial: disfluências e prevalência

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-10

RESUMO

Resumo: OBJETIVO: caracterizar e comparar a frequência das disfluências da fala de adultos com gagueira desenvolvimental persistente familial do sexo masculino e feminino, a severidade do distúrbio e determinar a prevalência familial e a razão entre gêneros da gagueira nos familiares dos probandos. MÉTODOS: participaram 30 adultos com gagueira (18 a 53 anos), divididos em dois grupos, sendo 20 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Os procedimentos realizados foram: história clínica e familial, avaliação da fluência e Instrumento de Severidade da Gagueira. RESULTADOS: as porcentagens de disfluências típicas da gagueira (p=0,352), de outras disfluências (p=0,947) e do total das disfluências (p=0,522) foram semelhantes entre os grupos masculino e feminino. A média de disfluências típicas da gagueira foi 5,23% e de outras disfluências 5,50%. O subtipo leve foi manifestado pela maioria dos participantes (83,3%). Os familiares do gênero masculino apresentaram maior risco de apresentar gagueira (p<0,001). Do total de 1002 familiares, 85 apresentaram gagueira. No total de familiares afetados (n=85), 53 eram do sexo masculino e 32 do feminino. CONCLUSÃO: não houve diferenças entre os grupos masculino e feminino nas medidas analisadas. Quanto à frequência das disfluências, aproximadamente metade do total das disfluências foi caracterizada como disfluências típicas da gagueira. O subtipo de gagueira desenvolvimental persistente familial foi caracterizado principalmente por um distúrbio classificado quanto à severidade como leve. O risco dos familiares dos probandos afetados foi de 8,5%. A gagueira afetou mais pessoas do gênero masculino em relação ao feminino, numa proporção de 3,72:1.

ASSUNTO(S)

fonoaudiologia fala avaliação distúrbios da fala, gagueira genética

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