Functional capacity, cognitive and humor status in elderly people attended by the geriatric clinic - HC/Unicamp / Capacidade funcional, cognitiva e estado de humor em idosos assistidos no ambulatório de geriatria - HC/Unicamp

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/02/2012

RESUMO

Inúmeros pesquisadores, órgãos públicos e governos discutem, hoje, o envelhecimento da população mundial, bem como as mudanças no âmbito de saúde pública e de organização social, relacionadas a esse fenômeno demográfico. O novo panorama social que vem se instalando promete transformações bastante significativas, principalmente na esfera da atenção à saúde. A população idosa é a que mais necessita de cuidados de saúde, pois tem mais fatores de risco para doenças e agravos crônicos que outras faixas etárias. Assim, é importante traçar o perfil de funcionalidade do paciente idoso, para poder elaborar e implementar estratégias eficientes, tanto em nível da terapêutica como da prevenção de agravos, de forma a diminuir ou controlar o risco de dependência decorrente de déficit funcional, cognitivo, ou relacionado a transtornos depressivos. O presente projeto buscou mostrar o perfil funcional, cognitivo e de estado de humor de uma amostra de idosos assistidos no Ambulatório de Geriatria do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil (AG/HC-Unicamp). Assim foram coletados os dados de prontuários de pacientes seguidos no AG/HC -Unicamp no período de 2005 a 2007. Para tal pesquisa, foi criado um instrumento para registro de dados que abrangiam as variáveis: capacidade funcional, capacidade cognitiva e sintomas depressivos. Foram avaliados os dados de 98 prontuários médicos verificou-se predominância no sexo feminino em ambas faixas etárias de 70 a 79 anos (40%) e maior ou igual a 80 anos (40%). Fazendo-se a análise dos resultados verificou-se diferença significativa entre os gêneros para número de funções comprometidas em Atividades de Vida Diária (AVD) (p=0,014) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) (p<0,001). Porém quando se considerou o número de comorbidades, evidenciou-se associação significativa com pontuação abaixo da nota de corte no MEEM. Observou-se também que 88% da amostra se encontrava na faixa de escolaridade de zero a quatro anos. Entre os resultados, verificou-se que 33% dos idosos apresentavam pelo menos uma função comprometida em AVD e 52% apresentavam pelo menos uma função comprometida em AIVD. Os idosos com 80 anos e mais apresentaram mais funções comprometidas em AIVD. Já com relação ao desempenho cognitivo, 58,70% apresentavam algum grau de déficit avaliado pelo MEEM. Com relação às doenças, os três sistemas mais acometidos segundo as categorias adotadas pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) foram as seguintes: 1) doenças cardiovasculares (29,7%); 2) doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (17,2%) e 3) doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo (13%). Com relação ao consumo regular de medicamentos, esse foi maior na faixa etária de 60 a 79 anos. Constatou-se, finalmente que os idosos com funcionalidade mais comprometida eram: as mulheres, os mais idosos, os que tinham maior número de comorbidade, os que tinham IMC acima da faixa de normalidade, os que tinham maior estatura e os que usavam mais fármacos regularmente.

ASSUNTO(S)

envelhecimento incapacidade demência transtorno depressivo doenças crônicas aging inability dementia depressive disorder chronic diseases

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