Funcionalidade, fatores psicossociais e qualidade de vida em mulheres com predomínio de sensibilização central
AUTOR(ES)
Marques, Elen Soares, Meziat Filho, Ney Armando, Gouvea, Marcia Elena Rabelo, Ferreira, Paula dos Santos, Nogueira, Leandro Alberto Calazans
FONTE
Rev. dor
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Dor crônica é o principal motivo para consultas de profissionais de saúde e tem sido considerada como um problema de saúde pública. Vários pacientes com dor crônica devem desenvolver o predomínio de sensibilização central. Pacientes com sensibilização central devem ser avaliados através do modelo biopsicossocial. O objetivo deste estudo foi avaliar o comprometimento físico e psicossocial de mulheres com dor crônica que apresentam predomínio de sensibilização central. MÉTODOS: Um estudo transversal foi conduzido com mulheres com dor crônica que apresentam predomínio de sensibilização central. Cinquenta e sete pacientes com dores musculoesqueléticas participaram da triagem. Mulheres com dor crônica de natureza neuropática e com dor localizada em mais de três locais, incluindo tronco, membro superior e inferior também foram incluídas. Sensibilização central foi definida pela classificação da dor baseada em seu mecanismo. Dezoito pacientes foram identificados e preencheram um questionário com características sócio-demográficas, intensidade de dor, funcionalidade, qualidade de vida, cinesiofobia e catastrofização. Foi realizada a análise estatística descritiva e a correlação entre as variáveis. RESULTADOS: Todos as participantes apresentavam dor sete vezes por semana e 88,9% foram classificadas como dor intensa. Foi observado elevado nível de catastrofização e cinesiofobia. Houve uma forte correlação entre catastrofização e cinesiofobia (Rho=0,864, p<0,01). O componente mental do questionário de qualidade de vida evidenciou moderada correlação com catastrofização (Rho=-0,611, p<0,01) e cinesiofobia (Rho=-0,646, p<0,01). Houve moderada correlação entre a intensidade de dor e a catastrofização (Rho=0,628, p<0,01) e cinesiofobia (Rho=0,581, p=0,01). Nenhuma correlação entre idade, componente físico da qualidade de vida, funcionalidade e duração da dor foi observada. CONCLUSÃO: A qualidade de vida e a intensidade da dor estiveram mais relacionadas com os fatores psicossociais do que a funcionalidade em mulheres com dor musculoesquelética crônica com predomínio de sensibilização central.
ASSUNTO(S)
dor crônica dor musculoesquelética psicologia sensibilização do sistema nervosa central
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