Funcionalidade, fatores psicossociais e qualidade de vida em mulheres com predomínio de sensibilização central

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. dor

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Dor crônica é o principal motivo para consultas de profissionais de saúde e tem sido considerada como um problema de saúde pública. Vários pacientes com dor crônica devem desenvolver o predomínio de sensibilização central. Pacientes com sensibilização central devem ser avaliados através do modelo biopsicossocial. O objetivo deste estudo foi avaliar o comprometimento físico e psicossocial de mulheres com dor crônica que apresentam predomínio de sensibilização central. MÉTODOS: Um estudo transversal foi conduzido com mulheres com dor crônica que apresentam predomínio de sensibilização central. Cinquenta e sete pacientes com dores musculoesqueléticas participaram da triagem. Mulheres com dor crônica de natureza neuropática e com dor localizada em mais de três locais, incluindo tronco, membro superior e inferior também foram incluídas. Sensibilização central foi definida pela classificação da dor baseada em seu mecanismo. Dezoito pacientes foram identificados e preencheram um questionário com características sócio-demográficas, intensidade de dor, funcionalidade, qualidade de vida, cinesiofobia e catastrofização. Foi realizada a análise estatística descritiva e a correlação entre as variáveis. RESULTADOS: Todos as participantes apresentavam dor sete vezes por semana e 88,9% foram classificadas como dor intensa. Foi observado elevado nível de catastrofização e cinesiofobia. Houve uma forte correlação entre catastrofização e cinesiofobia (Rho=0,864, p<0,01). O componente mental do questionário de qualidade de vida evidenciou moderada correlação com catastrofização (Rho=-0,611, p<0,01) e cinesiofobia (Rho=-0,646, p<0,01). Houve moderada correlação entre a intensidade de dor e a catastrofização (Rho=0,628, p<0,01) e cinesiofobia (Rho=0,581, p=0,01). Nenhuma correlação entre idade, componente físico da qualidade de vida, funcionalidade e duração da dor foi observada. CONCLUSÃO: A qualidade de vida e a intensidade da dor estiveram mais relacionadas com os fatores psicossociais do que a funcionalidade em mulheres com dor musculoesquelética crônica com predomínio de sensibilização central.

ASSUNTO(S)

dor crônica dor musculoesquelética psicologia sensibilização do sistema nervosa central

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