Fronteiras instáveis: inautenticidade intercultural na escola de Foz do Iguaçu

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/12/2011

RESUMO

A investigação parte da tese de que a integração cultural presente no imaginário social de Foz do Iguaçu, cidade brasileira de tríplice fronteira localizada no oeste do estado do Paraná, é mais uma construção política e ideológica do que uma expressão autêntica dos habitantes desta cidade. O recorte investigativo se dá a partir das relações sociais estabelecidas entre os habitantes de Foz do Iguaçu e os vizinhos da fronteira argentina, na cidade de Puerto Iguazú, e os moradores da cidade brasileira com os imigrantes de origem árabe. Tendo o Programa Escolas Bilíngues de Fronteira (PEBF) e a Escola Libanesa Brasileira como locais privilegiados da investigação. A partir de Charles Taylor, compreendemos a inautenticidade como ação alienada do sujeito, a falta de percepção sobre as configurações morais e elos referenciais significativos que formam a sua identidade. A percepção que os sujeitos possuem de si mesmos depende de estruturas cognitivas, afinidades comuns e outras qualificações inscritas num cenário que surge das interações com os diversos grupos sociais. Ao ficar alheios a esta percepção, os sujeitos acabam se movendo no espaço público de forma imprecisa e sem autenticidade. Acredita-se que a inautenticidade intercultural faz com os sujeitos de culturas diversas produzam ações ou práticas mais próximas do protocolo e da institucionalização da cultura do que do contato qualificado com o outro, criando relações instáveis e permeadas por poder e pela necessidade de reconhecimento identitário

ASSUNTO(S)

foz do iguaçu fronteira inautenticidade intercultural escola foz do iguaçu border intercultural inauthenticity school historia

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