Fronteiras de Literatura e História: a escrita de Sérgio Buarque de Holanda em Caminhos e fronteiras

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Esta tese analisa a escrita Sérgio Buarque de Holanda em Caminhos e fronteiras a partir do pressuposto de que as escritas históricas sempre se valem de recursos literários. O trabalho discute primeiramente as fronteiras entre a história e a literatura, pontua questões epistemológicas atuais desse debate e analisa a construção do discurso histórico ao longo dos séculos XIX e XX. Na análise de Caminhos e fronteiras, busca demonstrar seu débito para com as discussões sobre as bandeiras paulistas e seu caráter tenso ao tentar desenvolver-se no horizonte da construção nacional, tomando as culturas envolvidas nesse processo como equivalentes (para isso, Sérgio Buarque de Holanda apóia-se na teoria da fronteira de Frederick Turner). Essa tensão se revela num texto alongado, saturado de informações, que disseca a ocupação num procedimento similar ao anatômico, o qual, sugerimos, filia-se à sátira menipéia, tal como a definem Mikhail Bakthin e Northrop Frye. Considerando a tomada do território paulista como metonímia da produção da nação, esta tese ressalta o caráter autocontestatório de Caminhos e fronteiras, bem como sua conotação irônica, no sentido proposto por Hayden White e Richard Rorty.

ASSUNTO(S)

holanda, sérgio buarque de, 1902-1982. caminhos e fronteiras critica e interpretação teses. literatura e história teses. brasil história período colonial 1500-1822 teses. são paulo (estado) história. teses.

Documentos Relacionados