Freqüência de indivíduos com intolerância à glicose em jejum em um hospital universitário: comparação de critérios diagnósticos

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

A intolerância à glicose de jejum (IGJ), uma condição metabólica que na maioria das vezes precede o diabetes, geralmente não causa sintomas, necessitando da dosagem da glicemia de jejum para ser diagnosticada. Em 2003, o Comitê de Especialistas em Diagnóstico e Classificação do Diabetes Mellitus (Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus) recomendou a redução do ponto de corte para o diagnóstico da IGJ de 110mg/dl para 100mg/dl, endossado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em 2005. No entanto ainda não há consenso sobre a adoção desses valores. O objetivo deste estudo foi avaliar a freqüência de pacientes com IGJ atendidos, de agosto a novembro de 2005, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE), comparando os critérios de diagnóstico. Foram avaliadas glicemias de 428 indivíduos, sendo 65% do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 52,3 anos (± 15,4), sendo que 78,3% desses estavam na faixa etária 40 anos. Do total da amostra, 4% tiveram glicemia de jejum sugestiva de diabetes ( 126mg/dl), enquanto 7% dos resultados foram compatíveis com IGJ, segundo os critérios anteriormente adotados ( 110mg/dl e < 126mg/dl), e esses pacientes tinham idade 40 anos. Porém, utilizando os novos critérios de diagnóstico ( 100mg/dl e < 126mg/dl), a incidência de indivíduos com IGJ passou para 14,7% e a faixa etária dos indivíduos acometidos para 20 anos. Esses resultados indicam maior sensibilidade na detecção de pacientes com IGJ, após redefinição dos critérios de diagnóstico, nas faixas etárias avaliadas.

ASSUNTO(S)

intolerância à glicose de jejum critérios de diagnóstico diabetes mellitus

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