François Rabelais e a fisiotologia do riso no século XVI: a terapêutica médico - satírica de Gargântua e Pantagruel

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/11/1996

RESUMO

Esta tese objetiva averiguar se o riso de Gargântua e Pantagruel encerraria um duplo desígnio terapêutico. Ou seja, se a série de divertidas crônicas que acabou imortalizando o humanista médico François Rabelais (c. 1494-1533) teria implicações não só clínicas, mas também satíricas. Porém, em detrimento de um estudo literário, tomou-se um caminho alternativo. Seguindo as diretrizes historiográficas e metodológicas da História da Ciência, buscou-se levantar os fundamentos teóricos, bem como o contexto, da fisiologia do riso do século XVI. Por conseguinte, atentou-se para as fontes renascentistas que teriam subsidiado as pretensões médico-satíricas dessas crônicas. Neste estudo, aponta-se haver severas discrepâncias entre a gargalhada satírica de Rabelais e o molde de riso cogitado por pensadores quinhentistas como Juan L. Vives (c. 1492-1540), Girolamo Fracastoro (c. 1478-1553) e Laurent Joubert (15291582). Apesar de sustentarem que o riso era benéfico para a saúde, esses pensadores preconizavam o riso moderado, sem os excessos próprios de uma alegria imoderada, nem os provenientes de uma ridicularizarão ostensiva. Sendo um libelo ideais renascentistas, emprestado seu modelo Com base nessa fonte pretenderia revigorar individual, mas também em prol dos as crônicas rabelaisianas parecem ter de riso das antigas Cartas de Demócríto. Gargântua e Pantagruel possivelmente a um só tempo, não só o organismo o corpo coletivo de seus conterrâneos

ASSUNTO(S)

comunicacao françois rabealis fisiologia riso rabelais, francois -- ca. 1490-1553? -- critica e interpretacao riso na literatura

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