Forclusão do feminino na organização do trabalho: um assédio de gênero
AUTOR(ES)
Pezé, Marie-Grenier
FONTE
Production
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-12
RESUMO
Neste artigo é proposta uma discussão para ajudar a compreender a temível eficácia do assédio moral no trabalho. Para tanto é discutida a questão da construção "identitária", que depende do reconhecimento que se dirige sobre o fazer, a identidade é inseparável dos gestos técnicos efetuados pelo sujeito. Esta também é uma questão de gênero de pertencimento a um sexo. Em psicodinâmica do trabalho, uma atenção particular é dada à construção dos coletivos de trabalho que soldam um grupo em torno de regras da profissão. A cooperação necessita um ajustamento dos procedimentos singulares de execução da tarefa, mas também uma confrontação de posições éticas de cada um, sobre a base de uma confiança partilhada e, portanto, de uma cooperação possível. Entretanto o assédio moral se tornou uma verdadeira estratégia de gerenciamento, baseada na radicalização das novas formas de organização do trabalho que favorecem a virilidade defensiva, que parecem ter transformado profundamente as relações nos grupos de trabalho e radicalizado os sistemas de defesa construídos para resistir.
ASSUNTO(S)
psicodinâmica do trabalho organização do trabalho assédio moral gênero construção "identitária"
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