Força muscular respiratória e capacidade funcional em idosas hipertensas com sonolência diurna excessiva

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A limitação na capacidade funcional relaciona-se diretamente com a hipertensão e com os distúrbios do sono, já a força dos músculos respiratórios está associada com a hipertensão, mas a literatura é escassa quanto sua relação com os distúrbios do sono e, principalmente, com a sonolência diurna excessiva. Objetivos: Comparar capacidade funcional e força dos músculos respiratórios entre hipertensas com sonolência diurna excessiva (SDE) e hipertensas sem SDE, além de relacionar resistência aeróbica e mobilidade funcional das pacientes. Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal, avaliou 32 idosas hipertensas, divididas em dois grupos (com SDE e sem SDE), nos quais foram mensurados força muscular respiratória, capacidade funcional, nível de atividade física, grau de sonolência diurna excessiva, qualidade do sono e intensidade do ronco. Resultados: Houve diferença significativa no grau de SDE (p=0,00) e qualidade do sono (p=0,03), porém os dados relativos à intensidade do ronco (p=0,18), pressão inspiratória máxima - PImáx (p=0,39), e pressão expiratória máxima - PEmáx (p=0,98) não apresentaram diferenças significativas. Também não foi observada diferença significativa quanto à capacidade funcional, apresentando p=0,08 para o teste sentar e levantar da cadeira em 30; p=0,54 para o teste extensão e flexão do cotovelo em 30; p=0,38 para o teste da caminhada de 6 (TC6); p=0,38 para o teste da marcha estacionária dos 2 (TME2); p=0,08 para o teste sentar e alcançar; p=0,42 para o teste coçar as costas; p=0,49 para o teste levantar e caminhar (TUG); e p=0,62 para o índice global de limitação das atividades. Houve correlação positiva moderada entre TC6 e TME2, r=0,36 (p=0,04) e correlação negativa moderada entre TC6e TUG, r=-0,59 (p=0,000) e entre TME2 e TUG, r=-0,66 (p=0,000). Conclusão: A presença de SDE, nas hipertensas estudadas, demonstrou uma qualidade de sono ruim, entretanto essa sonolência não influenciou a força dos músculos respiratórios. A capacidade funcional apresentou-se diminuída em todas as hipertensas, independentemente da presença ou não de distúrbios do sono; e, foi ainda demonstrada a relação entre resistência cardiovascular e mobilidade funcional, de modo que havendo menor resistência cardiovascular, há mobilidade funcional precária e vice-versa

ASSUNTO(S)

aging respiratory muscles músculos respiratórios envelhecimento hipertensão aptidão física fisioterapia e terapia ocupacional sleep disturbance hypertension distúrbios do sono physical fitness

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