Flutuação da pressão intraocular em olhos saudáveis e olhos glaucomatosos: análise comparativa entre a curva tensional diária simplificada nas posições sentada, supina e o teste de sobrecarga hídrica
AUTOR(ES)
Caiado, Rafael Ramos, Badaró, Emmerson, Kasahara, Niro
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Objetivo: Comparar a flutuação da pressão intraocular (PIO) nas posições sentada e supina, através da curva tensional diária simplificada (CTDS), durante o horário de consultório em pacientes saudáveis e com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA). O objetivo secundário foi comparar estas medidas com a flutuação da PIO verificada através do teste de sobrecarga hídrica (TSH) desses dois grupos. Métodos: A amostra foi constituída por 60 indivíduos, divididos em dois grupos, 30 saudáveis e 30 glaucomatosos. Nenhum dos pacientes saudáveis usava medicação anti-glaucomatosa. Entre os portadores de glaucoma, todos estavam medicados. Foi realizada a CTDS (medidas realizadas entre 8:00 h e às 16:00 h) na posição sentada e supina utilizando o mesmo tonômetro de Perkins. Imediatamente após a última medida (às 16:15 h), foi realizado o TSH. Flutuação foi definida como a diferença entre a maior e a menor medida de PIO. O teste t-Student foi usado para analisar as diferenças e o valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados: Os picos de PIO foram sempre maiores na CTDS quando medidos na posição supina (em média 4 mmHg maior) em pacientes saudáveis e pacientes glaucomatosos em tratamento, comparado a posição sentada (p<0.0001). Pacientes glaucomatosos em tratamento apresentaram PIO mais alta em todas as medidas, porém a flutuação em todos os testes realizados foi semelhante comparada aos pacientes saudáveis. A flutuação da PIO não apresentou diferença estatística entre os 3 métodos. Conclusão: Dados sugerem que o TSH pode ser usado para estimar o pico e a flutuação diurna da PIO na posição supina na CTDS em pacientes glaucomatosos em tratamento. Estudos futuros poderão avaliar uma possível correlação entre os resultados do TSH e as medidas noturnas em posição supina.
ASSUNTO(S)
glaucoma de ângulo aberto/fisiopatologia pressão intraocular/fisiologia ritmo circadiano
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