Fixismo e evolução : epistemologia da biologia

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta dissertação tem por objetivo inspecionar brevemente conexões entre alguns conceitos centrais, presentes em reflexões metafísicas sobre a História Natural e suas conseqüências epistemológicas no campo da Biologia ocidental de Aristóteles até Lamarck. Para tal, houve o rastreamento dos pilares conceituais em três paradigmas acerca do conhecimento do mundo vivo: o Fixismo Naturalista de Aristóteles, o Fixismo Criacionista de Agostinho e Tomás de Aquino e o Transformacionismo de Lamarck. A estrutura metafísica e científica que ancora essas visões parte dos conceitos principais de Ser animado , Scala Naturae , Teleologia em a Natureza e Transformação . Na Filosofia da Natureza de Aristóteles, esses conceitos sustentam uma metafísica continuísta ao suportarem um modelo fixista para apreensão racional dos vivos observados. O modelo epistêmico essencialista de Aristóteles e sua conseqüente concepção imanentemente estática de natureza, incluído na metafísica do criacionismo medieval, é atacado em suas fundações por Lamarck, pois seu postulado transformacionista dos seres vivos traz em seu bojo a possibilidade de modificação substancial dos corpos vivos. A ruptura metafísica e a diferença epistemológica radical das considerações fixistas ficam por conta de Lamarck, que com sua teoria integrista da Evolução, inaugura explicitamente na Biologia, uma metafísica descontinuísta que suporta uma posterior e atual visão da natureza viva também ateleótica e indeterminista

ASSUNTO(S)

biologia - filosofia epistemologia biologia - historia evolução metafisica

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