Fixação percutânea sem enxerto ósseo para pseudartrose do escafóide

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ortop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Objetivo Descrever os resultados clínico-radiográficos de pacientes tratados por meio de fixação percutânea sem enxerto ósseo para pseudartrose do escafóide, com seguimento mínimo de seis meses. Métodos Série de casos de uma amostra de conveniência de grupo de cirurgiões de mão com avaliação prospectiva.. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de pseudartrose do escafóide (cintura ou polo proximal) com as seguintes características: mais de seis meses de histórico; radiografias demonstrando esclerose das bordas da pseudartrose, com reabsorção do foco de pseudartrose menor do que 4 mm (Slade & Gleissler I, II, III e IV), sem deformidade angular; e sem necrose do polo proximal pela ressonância magnética (RM). Resultados Na avaliação com mais de seis meses, todas as pseudartroses estavam consolidadas e sem maiores complicações. Os resultados funcionais demonstraram boas pontuações nos questionários de disfunções do braço, ombro e mão (disabilities of the arm, shoulder and hand, DASH; n = 12; média: 6,9; desvio padrão [DP]: 2,1) e de avaliação do punho pelo paciente (patient-rated wrist evaluation, PRWE; n = 12; média: 7,97; DP: 1,5). Observou-se pouca dor residual de acordo com a escala visual analógica (EVA; n = 12; média: 0,71; DP: 0,2). Houve discreta diminuição da flexão (69 versus 59,1; p = 0,007), da extensão (62,4 versus 48,7; p = 0,001) e do desvio radial (29,6 versus 24.6; p = 0,014) em comparação ao lado contralateral. Conclusões Nesta série, todos os casos estavam consolidados ao sexto mês de avaliação, com bom status funcional. Trata-se de uma opção promissora (menor demanda técnica e morbidade) para o tratamento da pseudartrose do escafóide. Estudos comparativos serão úteis para avaliar a efetividade da técnica com relação a outras opções.

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