Filogenética de Pilocarpinae (Rutaceae) / Phylogenetic of Pilocarpinae (Rutaceae)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta tese está dividida em três partes: I Filogenética Básica, II Filogenia de Pilocarpinae e III Novidades Taxonômicas em Esenbeckiinae. Parte I Filogenética Básica - fornece uma rápida revisão de alguns dos métodos básicos atualmente em uso na filogenética, envolvendo aspectos teóricos e operacionais, assim como algumas de suas possíveis implicações. O Capítulo 1 discute dois conceitos importantes (grupo e caráter) e interrelacionados, mostra como pode ser construído um modelo estocástico para o tratamento de caractres, enfatizando sua adequação e demonstranto como homologia e, por conseqüência grupos, podem ser adequadamente tratados sob ótica probabilística. O Capítulo 2 apresenta os métodos de construção e otimização de árvores uzando máxima verossimilhnaça e análise bayesiana. Parte II Filogenia de Pilocarpinae - apresenta a filogenia de Pilocarpinae baseada em dados moleculares (espaçadores ITS1, ITS2 e gene 5.8 S do DNA nuclear e espaçador trnG-S do DNA platidial) e a filogenia de Pilocarpus Vahl baseada em dados moleculares (mesmas regiões usadas anteriormente) e morfológicos. O Capítulo 3 apresenta a filogenia em nível genérico da subtribo Pilocarpinae e de gêneros relacionados (Helietta e Balfourodendron ), mostrando que, exceto Esenbeckia , os gêneros tradicionalmente reconhecidos (Metrodorea , Pilocarpus e Raulinoa - monoespecífico) emergem como monofiléticos (embora a subtribo não) e que Balfourodendron e Helietta (ambos da subtribo Pteleinae) possuem relações mais estreitas com parte dos gêneros de Pilocarpinae do que com o gênero-tipo de sua própria subtribo (Pteleinae) e reúnem-se (junto com Esenbeckia , Metrodorea e Raulinoa ) em um clado caracterizado pela presença de inflorescências ramificadas, para o qual foi criada uma subtribo, ficando Pilocarpinae monogenérica; além disso, este capítulo apresenta um protocolo para detecção de burn-in em análises filogenéticas bayesia- nas usando métodos já bem estabelecidos em estudos de convergência de MCMC. Por sua vez, o Capítulo 4 apresenta a filogenia das espécies de Pilocarpus baseada em dados morfológicos e moleculares; essa filogenia, associada a simulações computacionais, é utiliza como base para traçar hipóteses evolutivas sobre os padrões foliares e de estivação da corola no gênero, mostrando como os estados desses caracteres se comportam nas árvores obtidas e quão apropriado é utilizar os diferentes estados como sinapomorfias/homoplasias usando o método MCMC como base e contrastando com o mapeamento com parcimônia, deixando claro que sina- pomorfia/homplasia é mais adequadamente tratada como uma questão de probabilidade. Parte III Novidades Taxonômicas em Esenbeckiinae representa um reflexo das atividades de campo e de análise de material de herbário. No Capítulo 5 é apresentada uma redescrição de E. cowanii Kaastra, espécie anteriormente conhecida apenas da Guiana Francesa e apenas pelo material tipo, cuja morfologia floral era desconhecida e foi encontrada nos Estados do Acre, Mato Grosso, Pará e Rondônia durante as expedições de campo que fiz para a Amazônia; além disso, é proposto um epítipo para o táxon. O Capítulo 6 apresenta a descrição de uma nova espécie de Esenbeckia (embora ainda sem diagnose latina), coletada nos estados do Acre e Rondônia e caracterizada pela posse de brácteas persistentes.

ASSUNTO(S)

phylogenetics filogenia rutaceae esenbeckiinae pilocarpinae pilocarpinae

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