Ferramentas biotecnológicas para a produção de dihidro-epideoxiarteanuina B, um antiulcerogênico isolado de Artemisia annua L.
AUTOR(ES)
Marques, Daniela A., Foglio, Mary A., Morgante, Patrícia G., Van Sluys, Marie-Anne, Shepherd, Simone L. Kirszenzaft
FONTE
Revista Brasileira de Farmacognosia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-09
RESUMO
Foram desenvolvidas metodologias para o estabelecimento e cultivo de raízes de Artemisia annua L. (híbrido CPQBA 2/39 x PL5). Estas raízes foram submetidas a diferentes condições de luz e a transformação genética com Agrobacterium rhizogenes (cepas 8196 e 15834). As raízes transgênicas e não-transgênicas (normais) foram cultivadas em meios de Murashige e Skoog (1962), mantidas sobre diferentes condições de fotoperíodo e analisadas para avaliação do conteúdo do composto antiulcerogênico dehidro-epideoxiarteanuína B (composto A). A confirmação do caráter transgênico das raízes foi obtida por Dot Blot. Os extratos dos materiais vegetais foram analisados por Cromatografia Gasosa acoplada a um Espectômetro de Massas (CG/EM). Os cromatogramas dos extratos das raízes normais revelaram a presença de dehidro-epideoxiarteanuína B e de um outro composto (composto B). As condições fotoperiódicas de cultivo influenciaram na produção destes dois compostos, sendo que sobre condição de escuro contínuo, dehidro-epideoxiarteanuína B foi intensamente produzido e o composto B foi detectado em pequenas proporções, enquanto que sob fotoperíodo de 16 horas, o inverso ocorreu. A quantificação de dehidro-epideoxiarteanuína B por Cromatografia Gasosa acoplada a um Detector de Ionização de Chamas (CG/FID) revelou um aumento de aproximadamente cinco vezes na produção deste composto pelas raízes normais cultivadas sobre escuro contínuo em relação às raízes cultivadas na presença de 16 horas de luz. O terpeno dehidro-epideoxiarteanuína B não estava presente nas raízes transgênicas.
ASSUNTO(S)
artemisia annua terpeno cultura de raízes in vitro raízes transgênicas luz
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