Fenólicos totais e avaliação das atividades antioxidante e antimicrobiana de etapas do processamento de vinho paulista elaborado com a variedade de uva Máximo IAC 138-22 / Total phenolic and evaluation of antioxidant and antimicrobial activities of winemaking stages of wine produced with Máximo IAC 138-22

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/07/2011

RESUMO

A uva Máximo IAC 138-22 apresenta boas características para a produção de vinho com elevado grau Brix. Durante a vinificação, os compostos fenólicos presentes nas uvas são extraídos para o mosto e são de fundamental importância para as características organolépticas do vinho, além de propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anticarcinogênicas, anti-inflamatórias, diuréticas, tranquilizantes, antidiabéticas. Dentre estas propriedades, destacam-se a antioxidante e a antimicrobiana, visto que há um interesse emergente no uso de antioxidantes naturais em substituição aos sintéticos visando à preservação de alimentos, além de o seu consumo ser associado à proteção contra doenças severas, que envolvem danos por radicais livres. Além de prevenir a oxidação dos alimentos, os fenólicos poderiam reduzir a deterioração por micro-organismos, visto que apresentam atividade contra bactérias Gram (+), Gram (-) e leveduras. Neste trabalho foram avaliados extratos obtidos em etanol e em acetona de uva Máximo IAC 138-22, casca, polpa e semente, três estágios da vinificação, dois resíduos do processamento do vinho e o vinho artesanal obtido neste processo. Foram avaliados o conteúdo de fenólicos totais, a atividade antioxidante e a concentração mínima inibitória (MIC) dos extratos. Não foi verificada diferença significativa entre as extrações em relação à atividade antioxidante, exceto para a semente e o primeiro resíduo da vinificação. As amostras que apresentaram os maiores teores de fenólicos e também fortes a moderadas atividades antioxidantes definidas pelo AAI foram as sementes (semente em etanol: 136,40 mg de EAG/g de extrato e AAI de 1,717), os resíduos (2º resíduo em acetona: 78,47 mg de EAG/g de extrato e AAI de 0,912) e as cascas (casca em acetona: 58,79 mg de EAG/g de extrato e AAI de 0,546), sugerindo o potencial de reaproveitamento dos resíduos como antioxidantes em substituição aos sintéticos. Em relação à atividade antimicrobiana, os Gram (+) foram mais sensíveis que os Gram (-). Destaque para a bactéria B. cereus, que foi o micro-organismo mais sensível, e para a levedura C. albicans, que foi inibida pelos extratos de sementes a baixas concentrações (valores de MIC de 0,001 mg/mL e 0,002 mg/mL). P. aeruginosa foi inibida apenas por alguns extratos do processamento do vinho, o que pode estar relacionado à formação de fenólicos durante a vinificação. O vinho apresentou atividade antimicrobiana contra todas as bactérias Gram (+) e Gram (-) avaliadas e os resíduos da vinificação apresentaram elevados teor de fenólicos e atividade antimicrobiana, com valores de MIC de 1,5 mg/mL a >10 mg/mL), o que sugere a possibilidade de seu reaproveitamento

ASSUNTO(S)

compostos fenólicos uva - qualidade atividade antioxidante atividade antimicrobiana vinho phenolic compounds grape antioxidant activity antimicrobial activity

Documentos Relacionados