Fecundidade e educação infantil no sul e no sudeste do Brasil : três décadas de paradoxos e imbricações / Fertility and early childhood education in Brazil s South and Southeast regions : three decades of paradoxes and imbrications

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/02/2012

RESUMO

Entre 1980 e 2010 o Brasil vivenciou um processo de rápido e intenso declínio das taxas de fecundidade. De uma média de 4,3 filhos por mulher no início do período, as taxas recuaram para próximo de 2,0 em 2000, e para bem abaixo disto no final da primeira década do século XXI. Nesta última década, a educação infantil, que na etapa de creche era praticamente inexistente, registrou crescimento expressivo, porém assimétrico, em todo o país. Não deixa de ser paradoxal que a etapa inicial do processo de educação só tenha se tornado importante quando a participação das crianças de 0 a 3 anos na população já se reduzira de forma significativa em todos os municípios do país. Este trabalho aborda este paradoxo, e busca conhecer as imbricações entre a queda da fecundidade e a expansão da educação infantil nos maiores municípios das regiões Sul e Sudeste do Brasil. A pergunta chave é "por que tivemos pouca creche quando tínhamos muitas crianças e só viemos a ter mais creches quanto já não temos tantas crianças?" Para tanto, analisam-se os dois processos à luz da literatura internacional e brasileira, e propõe-se um modelo explicativo baseado na combinação do esgotamento dos arranjos privados de cuidado infantil com o aumento da capacidade de financiamento das creches, proporcionado justamente pelo alívio da pressão demográfica sobre os orçamentos familiares e as redes de ensino.

ASSUNTO(S)

fecundidade creches - brasil paradoxo educação de crianças fertility day care centers paradox early childhood education

Documentos Relacionados