Fauna flebotomínica em área endêmica de leishmaniose visceral em Aracaju, Estado de Sergipe, Nordeste do Bras

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, a leishmaniose visceral, um importante problema de saúde pública, vem apresentando expansão das áreas rurais para as urbanas de muitas regiões do Brasil, incluindo-se Aracaju, capital do Estado de Sergipe. No entanto, não existem estudos sobre a fauna de flebotomíneos presente nesse município ou de sua distribuição ao longo do ano. MÉTODOS: As coletas de flebotomíneos foram realizadas em uma área rural de Aracaju, capital do Estado de Sergipe no periodo de setembro de 2007 a julho de 2009. Armadilhas CDC modificadas acopladas com luz ultravioleta (UV) foram utilizadas para avaliar a distribuição mensal e a presença de flebotomíneos nos ambientes doméstico e peridoméstico. RESULTADOS: Lutzomyia longipalpis foi a espécie mais abundante (90,4%), seguida por Evandromyia lenti (9,6%). Os locais com as maiores quantidades de L. longipalpis (51,1%) foram um galinheiro e as casas mais próximas a ele. Houve uma correlação positiva entre a precipitação mensal e a abundância de L. longipalpis. CONCLUSÕES: Lutzomyia longipalpis é a espécie mais abundante e, provavelmente, o principal vetor do agente da leishmaniose visceral na área rural de Aracaju. Foi observado um aumento na frequência de L. longipalpis nos meses chuvosos. As coletas realizadas no ambiente externo e interno dos domicílios reforçam a relevância dos galinheiros para a presença de L. longipalpis no ambiente peridoméstico. O grande número de L. longipalpis dentro das casas confirma o comportamento endofílico dessa espécie e a possibilidade de transmissão intradomiciliar da leishmaniose visceral.

ASSUNTO(S)

phlebotominae flebotomíneos lutzomyia sergipe

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