Avaliação da integração do programa de hanseníase na atenção primária em Aracaju, estado de Sergipe, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-04

RESUMO

INTRODUÇÃO: O estudo avalia características epidemiológicas e operacionais do programa de hanseníase no período anterior e posterior à integração nos serviços de Atenção Primária do município de Aracaju-Sergipe, Brasil. MÉTODOS: Os dados foram obtidos da base nacional. O período estudado foi dividido em pré-integração (1996-2000) e pós-integração (20012007). Calcularam-se os indicadores epidemiológicos de detecção ano a ano. Frequências de variáveis clínico-epidemiológicas dos casos detectados e tratados foram comparadas entre os dois períodos utilizando-se qui-quadrado (χ2) com nível de significância de 5%. RESULTADOS: As taxas de detecção geral e em menores de 15 anos aumentaram no pós-integração e se mantiveram acima das obtidas para o Brasil em ambos os períodos. Houve 780 e 1.469 casos nos períodos pré e pós-integração, respectivamente. No período pós-integração, observouse: aumento na proporção de casos com grau de incapacidade avaliado ao diagnóstico, de 60,9% para 78,8% (p < 0,001) e, ao final do tratamento, de 41,4% para 44,4% (p < 0,023); aumento na proporção de casos detectados por exame de contatos, de 2,1% para 4,1% (p < 0,001); diminuição do abandono de tratamento de 5,64 para 3,35 (p < 0,008). Apenas 34% dos contatos registrados nos anos 2001-2007 foram examinados. CONCLUSÕES: As oscilações verificadas nas taxas de detecção geral e em menores de 15 anos no período pós-integração sugerem ter havido incremento no acesso. A redução do número de abandonos indica melhora na adesão ao tratamento. Insuficiências pré-existentes em ações de importância crucial para os resultados e impactos esperados do programa persistiram no período pós-integração.

ASSUNTO(S)

hanseníase epidemiologia avaliação de programas e projetos saúde da família atenção primária

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