Fatores preditivos para espasticidade após acidente vascular cerebral

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-12

RESUMO

A espasticidade é fator determinante para perda funcional após o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). OBJETIVO: Detectar possíveis fatores preditivos para a ocorrência da espasticidade. MÉTODO: Foram analisados dados demográficos, clínicos e tomográficos de 146 pacientes pós-AVCI. RESULTADOS: Na análise univariada a espasticidade foi notada com maior freqüência em pacientes que realizaram fisioterapia (p<0,0001; OR=19,4; 95% CI: 4,4-84,5), com maior tempo de duração desse tratamento (p=0,028; OR=4,80; 95% CI: 1,1-8,3) e que realizavam trabalho braçal (p=0,041; OR=2,2; 95% CI: 1,02-4,6), renda menor (p=0,038), referência de dor (p<0,0001; OR=107,0; 95% CI: 13,5-847,3) e seu aparecimento simultâneo à espasticidade (p<0,0001), acidente vascular cerebral (AVC) pregresso (p=0,001; OR=4,2; 95% CI: 1,7-10,3), fraqueza muscular (p<0,0001; OR=91,9; 95% CI: 12,0-699,4), lesão tomográfica extensa (p=0,01) e lesão afetando mais de um lobo cerebral (p=0,018). Na análise de regressão multivariada a atividade braçal apresentou risco relativo de 2,9; acidente vascular cerebral prévio com risco relativo de 3,9 e lesão tomográfica extensa risco relativo de 3,6. CONCLUSÃO: A espasticidade afetou um quarto da população estudada e esteve associada ao trabalho braçal, AVC pregresso, lesões tomográficas extensas, diminuição da renda individual, realização de fisioterapia, realização de fisioterapia por um período maior, presença de dor, surgimento da dor simultânea à espasticidade e alteração da força.

ASSUNTO(S)

espasticidade acidente vascular cerebral infarto cerebral isquêmico fisioterapia

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