Fatores determinantes da abertura de novas empresas no Brasil no período 1999-2005. / Determinants of new businesses in Brazil between 1999-2005.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/01/2009

RESUMO

Este trabalho procurou identificar quais os determinantes da abertura de novas empresas no Brasil. Utilizou-se como referencial teórico principal a teoria eclética, que usa a linguagem econômica para distinguir os diversos determinantes do empreendedorismo. De fato, a teoria discrimina os determinantes entre demanda e oferta. O lado da demanda cria oportunidades para empreendedores através da procura por bens e serviços, enquanto que o lado da oferta gera empreendedores em potencial que podem agir ao se depararem com as oportunidades. Devido à clareza e simplicidade, o modelo de análise da teoria eclética é escolhido neste trabalho para servir como referência para construção e interpretação do modelo estatístico. Utilizaram-se dados secundários sobre abertura de empresas, obtidos através de informações disponibilizadas publicamente pelo Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC). Outras fontes de pesquisa foram utilizadas (IBGE, e FGV-DADOS). Na análise empírica, verifica-se que, exceto quando se utiliza a variável Firmas Individuais como medida de empreendedorismo, a taxa de urbanização (medida de densidade populacional) se mostra fator determinante da taxa de criação de novas empresas. O tamanho do setor de Serviços também é fator determinante quando se considera a criação de empresas limitadas. Os resultados empíricos (sinais dos coeficientes) são consistentes com aqueles previstos pela Teoria Eclética quando se consideram estas duas variáveis (taxa de urbanização e tamanho do setor de Serviço). A variável crescimento populacional aparece como fator determinante em alguns modelos (quando se utiliza com medida da taxa de abertura de empresas a variável agregada Empresas com efeitos regionais e quando se utiliza a variável empresas LTDA sem efeitos regionais). No entanto, os resultados empíricos (sinais sempre negativos) não são consistentes com aqueles previstos pela Teoria Eclética que prevê uma associação positiva entre crescimento populacional e criação de empresas (sinal positivo). Vale ainda ressaltar que nenhuma das outras variáveis contempladas pela teoria eclética aparece como determinante da atividade empreendedora, pois apresentam coeficientes estatisticamente insignificantes.

ASSUNTO(S)

empreendedorismo demanda oferta administracao entrepreneurship demand supply

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