Fatores de risco para sífilis, em mulheres jovens, atendidas pelo programa de saúde da família em Vitória (ES), Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-02

RESUMO

FUNDAMENTOS: A prevalência elevada de DST entre as mulheres indica a necessidade de implementação de abordagem, de detecção de casos e de prevenção de novos agravos. OBJETIVO: descrever a frequência dos fatores de risco para sífilis e as percepções de risco sexual, em mulheres jovens, na cidade de Vitória, ES. MÉTODOS: Estudo populacional, em corte-transversal, por amostragem, realizado em Vitória. Foram realizadas entrevista e pesquisa de VDRL e MHA-TP em amostra de sangue. RESULTADOS: Entre as 904 mulheres elegíveis (18-29 anos) selecionadas pelo Programa de Saúde da Família (PSF), 11 foram diagnosticadas com sífilis sendo a prevalência de 1,2% (IC95% 0,5-1,9). A mediana de idade foi de 23 anos (distância interquartil de 20-26 anos); 65,7% das participantes alcançavam o ensino médio ou superior e 85,4% moravam com a família ou com o parceiro sexual. Fatores associados com a sífilis: menor nível educacional (<=oito anos de estudo) [Odds ratio ajustado (Ora) =4,3 (IC95% 1,01-17,99)]; ter tido mais de um parceiro na vida [ORa=6,50 (IC95% 1,37-30,82)] e história prévia de DST [ORa=10,3 (IC95% 2,37-44,33)]. Dois terços (67,7%) das mulheres entrevistadas relataram não achar fácil dizer ao parceiro que não fará sexo sem preservativo, 52,3% consideram difícil usar preservativo em todos os intercursos sexuais e 36,2% acham que não há o que fazer, se o parceiro recusar usar preservativo. CONCLUSÕES: A utilização do PSF como porta de entrada para a realização do VDRL, na rotina de atendimento, pode contribuir para diminuir a vulnerabilidade destas mulheres e ajudar no controle da sífilis congênita.

ASSUNTO(S)

doenças sexualmente transmissíveis fatores de risco infecções por treponema programa saúde da família saúde da mulher sífilis

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