Fatores associados à bacteriúria após sondagem vesical na cirurgia ginecológica
AUTOR(ES)
Hinrichsen, Sonia Cristina Araújo, Souza, Alex Sandro Rolland, Costa, Aurélio, Amorim, Melania Maria Ramos, Hinrichsen, Maria Gabriela M.L., Hinrichsen, Sylvia Lemos
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
OBJETIVOS: Determinar a frequência e os principais fatores associados à bacteriúria após a sondagem vesical em mulheres submetidas à cirurgia ginecológica eletiva. MÉTODOS: Realizou-se um estudo do tipo coorte em mulheres submetidas à cirurgia ginecológica após sondagem vesical no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, no período de janeiro a maio de 2007. As uroculturas foram coletadas até 24 horas após a retirada da sonda e 7/10 dias após a sondagem vesical. A análise estatística bivariada e multivariada foi realizada calculando-se a razão de risco e os seus intervalos de confiança a 95%. RESULTADOS: Foram incluídas no estudo 249 mulheres. A frequência de uroculturas positivas até 24 horas depois da retirada da sonda foi de 23,6%, diminuindo para 11,1% 7/10 dias após a sondagem. Destas, apenas 2,4% eram sintomáticas. Verificou-se menor risco de bacteriúria com 7/10 dias após a sondagem vesical quando a paciente referiu vulvovaginite tratada nos últimos três meses, não permanecendo estatisticamente significativa após a análise multivariada. Não houve associação significativa com idade, escolaridade, número de gestações, paridade, fase da vida reprodutiva, tipo e duração da cirurgia, tipo da anestesia, uso de antibiótico profilático, profissional que colocou a sonda e o tempo de permanência da sonda vesical. CONCLUSÃO: A frequência de bacteriúria foi de 23,6% e 11,1% com 24 horas e 7/10 dias, respectivamente. Não se encontrou associação significativa das variáveis pesquisadas com a bacteriúria evidenciada na urocultura com 7/10 dias.
ASSUNTO(S)
urina bacteriúria infecção hospitalar cirurgia cateterismo urinário infecções urinárias
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