Experimental evaluation of beams with end-grain joints and side members made of eucalyptus wood / Avaliação experimental de vigas com emendas de topo coladas com cobrejuntas de madeira de eucalipto

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

O trabalho teve como objetivo construir, testar e avaliar o comportamento das vigas de madeira de eucalipto, com emendas de topo ligadas por cobrejuntas inteiramente colados com adesivo resorcinólico e compará-las com o comportamento de vigas maciças feitas do mesmo material. Para isto, obteve-se um lote de madeira de eucalipto adquirida no mercado local, seca em estufa. Realizou-se primeiramente uma pré-seleção do lote, segregando-o em dois sub-lotes, um de maior densidade (madeira mais pesada) e outro de menor densidade (madeira mais leve), posteriormente, realizou-se a caracterização completa da madeira de acordo com a norma NBR7190/97. Os corpos de prova foram preparados a partir de tábuas retiradas ao acaso em cada um desses dois sub-lotes. Fez-se, portanto, a caracterização em dobro dessa madeira. Obteve-se um valor médio de 575kg/m3 para a densidade do sub-lote de madeira mais leve, 880 kg/m3 para o de madeira mais pesada e a média dos lotes foi 721 kg/m3. Quanto aos resultados das propriedades mecânicas da madeira, pôde-se verificar que a resistência da madeira de menor densidade atingiu valores inferiores, em todos os resultados. Outro experimento foi conduzido para testar a eficiência da adesão da madeira em dois diferentes planos (paralelo e perpendicular às fibras) e com madeiras de diferentes densidades (alta, baixa e alta colada à de baixa), utilizando- se o adesivo resorcinol-formaldeído. Determinou-se a resistência ao cisalhamento longitudinal de corpos-de-prova ensaiados, bem como se avaliou a porcentagem de falha na madeira dessas amostras. Quanto aos resultados, verificou- se que os valores de resistência média ao cisalhamento nos corpos-de-prova de junta, colada com fibras paralelas e com madeira leve, não diferiram significativamente dos valores obtidos nos corpos de prova sólidos de madeira leve. Protótipos menores das vigas foram construídos com tábuas de 10 cm de largura, 3 cm de espessura e 170 cm de comprimento nas testemunhas e 85 cm nas duas partes da alma das vigas a serem coladas com cobrejuntas. Na confecção dos cobrejuntas utilizaram-se pequenas tábuas de 35 e/ou de 43 cm de comprimento e 1,5 cm de espessura. Essas vigas com 1,60 m de vão foram ensaiadas até a ruptura e concluiu-se que a melhor configuração era aquela em que o cobrejunta ocupasse 25% da superfície lateral das tábuas. As vigas de tamanho real foram construídas com as seguintes dimensões: tábuas com 20 cm de largura, 6 cm de espessura e 420 cm de comprimento nas testemunhas e duas tábuas com 210 cm de comprimento e mesma espessura e largura nas vigas com emendas. Estas apresentaram excelente desempenho em termos de resistência, em alguns casos, superando as resistências da viga testemunha. Quanto à rigidez, o desempenho foi considerado adequado, já que os deslocamentos das vigas om cobrejuntas foram bastante inferiores aos da viga testemunha, submetida a uma mesma magnitude de carga, o que proporciona grande vantagem estrutural.

ASSUNTO(S)

resistência ao cisalhamento vigas eucalyptus eucalipto civil engineering joints flexure deformações e tensões tecnologia e utilizacao de produtos florestais strain and stress wood structures juntas shear strength beams engenharia civil estruturas de madeira madeira laminada flexão laminated wood

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