Exílio e memória nos contos de Cyro Martins

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/01/2012

RESUMO

A presente dissertação procura estabelecer uma relação entre as memórias de Cyro Martins com o exílio sentimental que ele viveu. Depois de quatro décadas sem ir à Quaraí (RS), sua cidade natal, Cyro escreve seu terceiro livro de contos, Rodeio (1976), em que se coloca como protagonista de suas histórias e como um exilado retornando ao lar. Logo após, em 1980, publica A Dama do Saladeiro, mais uma experiência rememorativa que retrata a sua época de estudante na capital gaúcha e de médico de fronteira. Assumindo a posição de narrador, Cyro Martins fala de si evocando seu passado, marcando nessas narrativas a sua transitoriedade entre espaços físicos e sentimentais. Dessa maneira, este trabalho pretende apresentar a subjetividade de um escritor que é amplamente conhecido pela publicação da Trilogia do gaúcho a pé. Para tal leitura, foram verificados, especialmente, os estudos de Edward Said e Julia Kristeva, no que diz respeito ao exílio, e os escritos de Phillipe Lejeune, Gaston Bachelard e Ecléa Bosi, concernentes à escrita memorialista. Portanto, as lembranças em contos de Cyro Martins, condicionadas pelo sentimento de exílio, apresentam aos leitores um escritor que tem como base de vida experiências poéticas e literárias.

ASSUNTO(S)

literatura brasileira - histÓria e crÍtica martins, cyro - crÍtica e interpretaÇÃo memÓria autobiogrÁfica letras

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